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Lucro da Ramada cresce 32,8% para 20 milhões em 2022

A Ramada Investimentos e Indústria registou em 2022 um lucro líquido consolidado de 20 milhões de euros, mais 32,8% do que os cerca de 15 milhões registados no ano anterior, revelou o grupo em comunicado ao regulador do mercado.
23 Março 2023, 21h07

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), especifica que o resultado líquido do segmento imobiliário ascendeu a 2,159 milhões de euros, 47,2% inferior ao resultado líquido.

Já o resultado líquido do segmento industria, no valor de 17,874 milhões de euros, aumentou 62,5% face ao resultado líquido de 2021.

“Em 2022, o Grupo Ramada apresenta um volume de negócios superior ao do ano anterior, em resultado da subida de preços e de atividade, atingindo receitas totais de 194.480 milhares de Euros, com um crescimento de 34,2% face às receitas totais de 2021”, destaca o grupo no comunicado.

O EBITDA (lucro antes de impostos, juros ou amortização) atingiu 29,178 milhões de euros, superior em 31,7% ao registado em 2021, e a margem EBITDA ascendeu a 15% apresentando um decréscimo de 0,3 pontos percentuais face ao ano anterior.

Os resultados financeiros do grupo, de 1,2 milhões de euros negativos, subiram 37,5% face ao ano anterior.

O grupo destaca, no comunicado, que os primeiros meses de 2022 “foram muito positivos” e que essa tendência foi uma constante na primeira metade de 2022, com um crescimento de atividade e preços “em todos os negócios” do grupo.

Ainda assim, destaca que o mercado evoluiu a duas velocidades diferentes, uma para o setor dos moldes e outra para o setor da metalomecânica.

A Ramada diz ainda que, ao longo de 2022, se verificaram “custos elevados” da energia, atingindo níveis que considera preocupantes. “O Grupo sentiu a necessidade de fazer ajustes de preço, principalmente nos tratamentos térmicos, onde o consumo de energia tem um peso relevante no negócio”, justifica.

Refere ainda que, com a incerteza causada pela guerra na Ucrânia, os custos dispararam e mantiveram-se em alta sem previsões quanto à evolução futura.

O ano iniciou com uma procura “muito acentuada e dificuldade” das fábricas em cumprir com as encomendas, levando a aumentos nos prazos de entrega, e mal começou a guerra na Ucrânia, em fevereiro, o impacto foi significativo ao nível dos ‘stocks’ e dos preços dos produtos siderúrgicos.

O grupo lembra que “muitos produtos”, destinados à área da metalomecânica, ficaram retidos na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, criando falhas de fornecimento no mercado.

Na segunda metade de 2022, com a estabilização das fontes de fornecimento e dos custos de transporte, o grupo Ramada verificou uma “correção ligeira dos preços” e melhoria dos prazos de entrega.

Os investimentos realizados pelo grupo em 2022 ascenderam a cinco milhões de euros.

“O Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral de Acionistas a distribuição de um dividendo de 0,82 euros por ação”, diz o grupo no comunicado ao mercado de capitais.

Quanto a perspetivas futuras, a Ramada refere que a inflação, a guerra e a crise de construção na China começaram a ter efeito na libertação de novos projetos, e reafirma que o grupo vai “continuar a monitorizar os desenvolvimentos e os impactos” na cadeia de valor, atento ao objetivo de aumentar a produtividade e ganhos de eficiência.

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