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Lucro de 2.873 milhões de euros da Airbus vai permitir mitigar novas provisões com A400M

Os ganhos da fabricante de aviões comerciais vão permitir minimizar os riscos do novo programa de aviões de transporte militar A400M, em que a empresa está a apostar e que lhe vai custar mais 1.299 milhões de euros do que o esperado.
15 Fevereiro 2018, 12h15

A Airbus registou um lucro de 2.873 milhões de euros em 2017, mais 189% em comparação com o ano anterior. Os ganhos da fabricante de aviões comerciais vão permitir minimizar os riscos do novo programa de aviões de transporte militar A400M, em que a empresa está a apostar e que lhe vai custar mais 1.299 milhões de euros do que o esperado.

Em comunicado, a Airbus indica que o resultado operativo da empresa, em termos absolutos (EBIT), aumentou 52%, para 3.421 milhões de euros, em 2017. Já os resultados operativos ajustados, que excluem elementos não recorrentes, subiram 8% para os 4.253 milhões de euros.

O volume de negócios global da Airbus no ano passado foi de 66.767 milhões de euros. Os resultados surpreenderam os analistas, que esperavam que os lucros operacionais ajustados se tivessem fixado nos 3.996 milhões de euros e as receitas tivessem chegado aos 67.343 mil milhões de euros.

Durante a apresentação de resultados, o presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, afirmou que os bons resultados obtidos pela empresa o ano passado vão permitir “reduzir significativamente os riscos subjacentes ao programa de transporte militar A400M”, em que tem vindo a apostar. “Temos muitos desafios pela frente, mas são gerenciáveis”, assegura.

Na semana passada, a Airbus chegou a acordo provisório com sete países da NATO (Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Turquia, Bélgica e Luxemburgo) por causa das novas entregas de aviões de transporte militar A400M. As entregas dos aparelhos, que estão a ser produzidos em Espanha, estão atrasadas e a Airbus arrisca “penas severas” pela falta de compromisso com os parceiros da aliança militar.

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