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Lucros da Brisa aumentam mais de 20% para 220 milhões de euros

Os resultados da maior concessionária de autoestradas do país revelam que as receitas das portagens aumentaram 16,5% face a 2021.
14 Fevereiro 2023, 19h37

Os lucros da Brisa aumentaram mais de 20% no ano passado, revela um comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM). A empresa que gere a operação nas vias portuguesas – a Brisa Concessão Rodoviária (BCR), regista assim um encaixe positivo de 220,2 milhões de euros.

O número de utilizadores nas autoestradas nacionais também subiu em 2022, mais concretamente 15,1%, mas importa notar que o crescimento é medido face a 2021, ano em que, por virtude da pandemia, se reduziram drasticamente as deslocações entre concelhos. A BCR assinala que o valor retoma agora os níveis pré-pandémicos.

Os lucros da empresa superam assim os ganhos de 2021, que foram na ordem dos 183 milhões de euros. Também o investimento na rede nacional aumentou 39%, face a 2021, para um total de 64,2 milhões de euros.

O aumento do tráfego fez crescer as receitas das portagens em 16,5% – para quase 640 milhões de euros.

O mesmo documento publicado hoje destaca que a dívida bruta da BCR desceu, de mais de 1,7 mil milhões de euros para 1,5 mil milhões, graças ao reembolso de quase 40 milhões de euros de um empréstimo do BEI e de outros 120 milhões, associados a um empréstimo obrigacionista.

No comunicado, a BCR deu conta de que o investimento (Capex) na rede concessionada “totalizou no final do ano 64,2 milhões de euros, representando um aumento de 39,2% face ao período homólogo e estando maioritariamente afeto a obras de reposição de pavimentos e alargamentos”.

De acordo com a informação divulgada pela empresa, o “aumento do investimento reflete, por um lado, o reforço do investimento na manutenção e melhoria da infraestrutura e, por outro lado, o impacto da inflação no custo das empreitadas”.

Por sua vez, “as receitas relacionadas com as áreas de serviço atingiram os 25 milhões de euros”, um crescimento de 6,2% em termos homólogos.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) no final do 2022 foi de 531,8 milhões de euros “o que representa um acréscimo de 19,0% face ao mesmo período do ano anterior”, indicou a BCR.

Os custos operacionais da empresa, “excluindo amortizações, depreciações, ajustamentos e provisões, atingiram os 139,6 milhões de euros em 2022, representando um acréscimo de 6,2% face ao mesmo período do ano anterior”.

Atualizada às 19h55 

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