Lucros da NOS descem 15% para 35 milhões de euros no primeiro trimestre

Os lucros da NOS caíram 15,1% no primeiro trimestre, comparativamente ao mesmo período de 2022, para 34,9 milhões de euros. A queda no resultado líquido consolidado da operadora de telecomunicações deveu-se ao impacto das depreciações e amortizações do investimento de 97 milhões de euros entre janeiro e março e à subida da inflação.

As receitas consolidadas do grupo aumentaram 2,2% para 381,4 milhões de euros, em termos homólogos, e o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 8,8%, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para 173,5 milhões de euros.

“A quebra em termos do resultado líquido reflete, além do contexto inflacionista, o impacto deste forte investimento no sentido de alavancar a transformação tecnológica de Portugal. A estratégia definida, e em implementação, demonstra o compromisso da NOS em gerar valor para a sociedade portuguesa, indexando a sua atividade a objetivos de ESG muito ambiciosos”, explicou o CEO da NOS, Miguel Almeida, no relatório financeiro divulgado esta quarta-feira.

“A NOS apresenta resultados muito consistentes, refletindo o crescimento operacional, e vendo, mais uma vez, reconhecida a qualidade das suas redes de última geração. Neste trimestre, reforçámos ainda o investimento em inovação e o estabelecimento de parcerias que contribuem para materializar as oportunidades que o 5G apresenta para as empresas, mas também para as famílias portuguesas”, afirmou ainda o CEO da telecom, no documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Nas telecomunicações, as vendas cresceram apenas 0,9% para 369,2 milhões de euros, à boleia do aumento do número de serviços (+4,6% para 10,9 milhões), sobretudo dos móveis (+7,2% nos para 5,8 milhões).

Quanto à rede móvel de quinta geração (5G), cobre agora 88% da população portuguesa coberta, com 3.441 estações 5G instaladas em mais de duas centenas de concelhos. Na fibra ótica, a NOS está em mais 3,9% lares, o que perfaz um total de 5.337 milhões lares cobertos, mais 203 mil em relação ao primeiro trimestre de 2022.

O negócio de cinemas e audiovisuais da NOS continuou a evoluir, apesar de as bilheteiras ainda não terem recuperado da Covid-19, uma vez que se mantêm 19% abaixo de 2019. Ainda assim, em termos de EBITDA, o segmento da sétima arte subiu 5,8% para 7,2 milhões de euros e as receitas fixaram-se em 20,4 milhões de euros (+22,6%).