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Lucros da Sonae Indústria caíram 37,5% no primeiro semestre de 2016

O preisdente da empresa, Paulo Azevedo, sublinha que todos os negócios da Sonae Indústria tiveram comportamentos melhores no primeiro semestre que no período homólogo de 2015.
  • Foto cedida
21 Setembro 2016, 20h10

A Sonae Indústria fechou a primeira metade deste ano com resultados líquidos de três milhões de euros nas operações continuadas da empresa, o que representou uma quebra de 37,5% face aos 4,8 milhões de resultados líquidos positivos alcançados no período homólogo de 2015.

O volume de negócios da Sonae Indústria no período em apreço, apenas incluindo as actividades detidas integralmente pela empresa, atingiu 121 milhões de euros, o que representa uma subida de 3% face aos 117 milhões de euros registados no período homólogo do ano passado.

“Durante o primeiro semestre de 2016 todos os negócios tiveram um desempenho melhor comparativamente ao último ano, assistindo-se a uma melhoria de resultados na América do Norte, na nossa operação e laminados em Portugal e no contributo da Sonae Arauco”, sublinha Paulo Azevedo, presidente da empresa.

A administração da Sonae Indústria relembra que a concretização da parceria estratégica da Sonae Indústria com a Arauco, dando origem à Sonae Arauco, levou a um conjunto de efeitos contabilísticos nas demonstrações financeiras da empresa.

“Assim, os resultados da Sonae Arauco até maio são incluídos na operações descontinuadas e a partir de 1 de junho são considerados através do método de equivalência patrimonial, dado a Sonae Indústria deter uma participação de 50% na Sonae Arauco”, explica o referido comunicado da empresa do grupo Sonae.

“Considerando a nossa participação de 50% na Sonae Arauco, no final de junho de 2016, o EBITDA recorrente dos últimos doze meses proporcional situou-se nos 83 milhões de euros e a dívida líquida proporcional nos 339 milhões de euros, traduzindo-se num rácio de alavancagem de 4,1x. Este valor compara com um rácio de 5,1x para a Sonae Indústria, no final de março, antes da conclusão da parceria Sonae Arauco”, destaca Paulo Azevedo.

O mesmo documento acrescenta que após a conclusão da parceira estratégica com a Arauco, além do suporte à Sonae Arauco, “vamos focar-nos no sentido de melhorar o negócio da América do Norte e o negócio de laminados e componentes e ainda procurar monetizar o excedente de ativos imobiliários que ainda permanecem sobre o nosso domínio”.

Segundo esse comunicado da empresa liderada por Paulo Azevedo, este desempenho deveu-se em grande parte aos melhores resultados da “nossa unidade industrial no Canadá face ao ano anterior, com melhor ‘mix’ de produto (maior proporção de produtos de melanina) e aumentos nos preços médios de venda”.

A dívida líquida da Sonae Indústria no final do primeiro semestre deste ano situou-se nos 222 milhões de euros.

Apesar da desconsolidação relativa à Sonae Arauco, os capitais próprios da Sonae Indústria fecharam no final de Junho na casa dos 69 milhões de euros, 11 milhões de euros acima do valor registado no final do ano passado.

O presidente da Sonae Indústria sublinha ainda no referido comunicado que “durante o primeiro semestre de 2016 concluímos o investimento na quinta linha de produção de revestimento a papel melamínico, utilizando tecnologia de motivos em relevo na nossa unidade industrial em Lag- Mégantic na América do Norte”.

“Este investimento irá proporcionar a melhoria da nossa posição no segmento de produtos decorativos de elevado valor e fortalecer a nossa unidade industrial canadiana como um ‘player’ de referência no mercado da América do Norte”, defende Paulo Azevedo.

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