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Lucros do BFA caem 51% em 2019 para 344,5 milhões de dólares

Isabel dos Santos é acionista do BFA através da Unitel, a principal operadora de telecomunicações de Angola. A filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, tem 25% do capital da Unitel, mas a participação foi arrestada pelo Tribunal Provincial de Luanda em dezembro de 2019.
  • Reuters
30 Janeiro 2020, 16h02

O relatório e contas do Banco de Fomento de Angola (BFA) não auditado revela que o lucro líquido da instituição financeira caiu 51% em 2019, de 710 milhões de dólares em 2018 para 344,5 milhões de dólares em 2019, noticia a “Agência Angola Press“.

Isabel dos Santos é acionista do BFA através da Unitel, a principal operadora de telecomunicações de Angola. A filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, tem 25% do capital da Unitel, mas a participação foi arrestada pelo Tribunal Provincial de Luanda em dezembro de 2019.

Segundo a publicação, o produto bancário fixou-se nos 565,2 milhões de dólares e a margem fincanceira fixou-se nos 418,4 milhões. As comissões líquidas ascenderam a 38,3 milhões de dólares.

Os recursos totais dos clientes fixaram-se em 3.365,4 milhões de dólares.

No que diz respeito à qualidade do crédito do BFA, o crédito vencido a mais de 30 dias representa 6,4% do total de cédito concedido no ano passado pela instituição financeira. A cobertura de crédito por imparidades ascendeu a 134,8%.

A “Agência Angola Press” diz ainda que o BFA “atingiu a marca histórica dos dois milhões”. No final do ano, o BFA tinha 2,067 milhões de clientes.

De acordo com uma notícia do “Expresso“, Isabel dos Santos pode perder a influência no BFA por recusarem apresentar-se na Procuradoria-Geral da República de Angola para ser ouvida no âmbito do processo que esta instituição moveu contra a petrolífera estatal, a Sonangol, e que a levou a “a transformar o inquérito que lhe havia sido instaurado num processo-crime”.

Isabel dos Santos é acusada pela Sonangol de ter “instrumentalizado” parte do conselho de administração da petrolífera, onde também estão representantes do banco espanhol La Caixa, que em Portugal é dono do BPI.

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