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Lucros do BPI sobem 75% para 85 milhões no primeiro trimestre

Este valor compara com os 49 milhões de euros obtidos pelo banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa no mesmo período do ano passado.
5 Maio 2023, 12h04

Os lucros do Banco BPI subiram 75% para 85 milhões de euros no primeiro trimestre. A atividade em Portugal contribuiu com 73 milhões de euros para o resultado, o que corresponde a um aumento de 164% relativamente ao primeiro trimestre de 2022.

“O primeiro trimestre ficou marcado por um comportamento da economia mais positivo do que se antecipava, o que  nos permitiu manter um forte dinamismo comercial e melhorar a rentabilidade”, afirma o presidente executivo do banco no comunicado divulgado esta sexta-feira na CMVM. A rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) situava-se nos 9,5% na atividade em Portugal, no primeiro trimestre, face a 5,7% em março de 2022.

Neste período, o produto bancário comercial registou um crescimento de 50%, situando-se nos 284 milhões de euros. A margem financeira cresceu 82% para 206 milhões de euros, “refletindo a subida das taxas de juro de  mercado e o crescimento do volume de crédito, sendo por outro lado penalizada pela subida do custo dos depósitos e das emissões de dívida (obrigações hipotecárias e de MREL)”, indica o banco.

Já as comissões líquidas cresceram 3% em termos homólogos, para 73 milhões de euros, apesar das descidas registadas na intermediação de seguros e nos fundos e seguros de capitalização. “Para este resultado contribuiu a abertura de novas contas e o aumento das operações de crédito”, de acordo com o BPI.

Os custos de estrutura aumentaram 11% em termos homólogos. Os custos com pessoal aumentaram 8%, os gastos gerais administrativos subiram 20%, o que reflete, explica o banco, “o aumento dos custos de informática com novos projetos tecnológicos, e as depreciações e amortizações”.

Os custos regulamentares somaram no primeiro trimestre 26,4 milhões de euros.

“Vamos continuar a dar peso à inteligência artificial”, num esforço para responder às necessidades dos clientes. realça o CEO do BPI na conferência de imprensa de apresentação dos resultados trimestrais.

Contratação de crédito da casa diminui 20% no trimestre

A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 4%, face ao mesmo período do ano passado, para 29,2 mil milhões de euros. A carteira de crédito à habitação aumentou 6% para 14,3 mil milhões de euros. Já a contratação de crédito hipotecário diminui 20% face ao período homólogo, alcançando cerca de 600 milhões no trimestre.

“Houve uma redução com alguma expressão no primeiro trimestre”, afirma João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo da instituição financeira, aos jornalistas.

Quando aos recursos totais de clientes, houve uma diminuição de 6%, totalizando 38,4 mil milhões de euros. Os depósitos de clientes diminuíram 4% em termos homólogos, para 28,4 mil milhões de euros.

Os recursos fora do balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização e outros) situaram-se em 10 mil milhões de euros, menos 10% face ao primeiro trimestre de 2022, influenciados pela evolução desfavorável dos mercados de capitais.

Sobre a qualidade do crédito, o BPI indica que o rácio de Non-Performing Exposures (NPE) situou-se nos 1,6%, com a cobertura por imparidades e colaterais a ser de 156%. O rácio de Non-Performing Loans (NPL) situa-se nos 2%. Os NPLs estavam cobertos a 157% por imparidades e colaterais em março de 2023.

As imparidades de crédito líquidas de recuperações situaram-se em 22 milhões de euros no primeiro trimestre, mais dois milhões de euros em termos homólogos. O custo do risco de crédito situou-se em 0,20% nos últimos 12 meses.

Sobre os rácios de capital, o BPI diz cumprir “por margem significativa os requisitos mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu”, com um CET1 de 14,3%, Tier 1 de 15,8% e capital total de 18,3%.

(Notícia atualizada às 12:20)

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