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Luís Montenegro sai em defesa de Passos Coelho e descarta eleições primárias no PSD

Luís Montenegro diz ainda que António Costa se limita a “ficar satisfeito” não com aquilo que “foi capaz de acrescentar em valor ao país”, mas com “aquilo que herdou do governo anterior”.
23 Abril 2017, 17h28

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, afirmou este domingo ser contra a ideia defendida por Miguel Relvas e outros deputados social-democratas de realizar eleições primárias no partido. Luís Montenegro disse nunca ter sido “um grande adepto das eleições primárias” e que “a experiência que houve no Partido Socialista foi um perfeito fracasso”.

“Creio que o PSD não precisa de legitimar as suas lideranças por essa via”, afirmou, à margem da IX Academia de Jovens Autarcas, que decorreu este domingo em Leiria. “Não há no panorama político e partidário português essa tradição e a experiência que houve no Partido Socialista foi um perfeito fracasso”.

O social-democrata reafirmou o seu apoio ao atual líder do partido, Pedro Passos Coelho, com quem quer “construir um caminho de afirmação política do PSD, com o objetivo de vencer as terceiras eleições legislativas consecutivas e podermos dar ao país uma governação bem mais ambiciosa do que aquela que temos hoje”.

Luís Montenegro sublinha que António Costa é “um primeiro-ministro da herança, não é um primeiro-ministro da mudança” e que se limita a “ficar satisfeito” não com aquilo que “foi capaz de acrescentar em valor ao país”, mas com “aquilo que herdou do governo anterior”.

“Se a ideia [do PS] era que houvesse uma mobilização muito grande e representativa de um sentir do povo português [nas primárias socialistas], isso caiu por terra, porque o Dr. António Costa ganhou as eleições primárias e perdeu — e por muito — as eleições legislativas”, afirma o líder da bancada parlamentar do PSD.

Luís Montenegro diz ainda que o sistema político e partidário português não precisa de discutir as eleições primárias, mas sim de “saber se nós queremos um sistema político eleitoral no qual as pessoas quando votam nas eleições legislativas, para além de escolherem deputados, escolhem também uma liderança governativa e um projeto base de governação”.

“O partido tem uma liderança e uma liderança muito estável. Terá congresso no próximo ano e se alguém quiser disputar essa liderança acho que deve fazê-lo, se sentir essas condições”, reitera.

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