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Madeira: Bloco de Esquerda acusa governo de direita de querer privatizar Segurança Social

Luísa Santos refere que uma das questões que se coloca é o que vai acontecer à Segurança Social caso a direita vença as eleições de 30 de janeiro.
28 Janeiro 2022, 14h34

A candidata do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral da Madeira à Assembleia da República, Luísa Santos, acusou, esta sexta-feira, 28 de janeiro, que um governo de direita, liderado por Rui Rio, quer privatizar a Segurança Social.

“A recuperação de rendimentos e a criação de emprego permitiu equilibrar o sistema previdencial da Segurança Social e a receita com as contribuições é hoje superior à despesa que temos com as pensões. A direita diz que não há dinheiro e que as nossas propostas são impossíveis. As pessoas repetem aquilo que ouvem, mas não dizem por mal, estão é mal informadas”, vincou.

Luísa Santos deu como exemplo que a proposta do Bloco de Esquerda para retirar os cortes do fator de sustentabilidade a quem se reformou entre 2014 e 1018, bem como o alargamento do acesso ao Complemento Solidário para Idosos (CSI), podem ser pagos com apenas um terço do imposto Mortágua, pago pelos proprietários de imóveis com um Valos Patrimonial Tributário elevado, representando uma receita de 500 milhões de euros para a Segurança Social.

“Infelizmente os madeirenses parecem querer um governo liderado pelo PSD de Rui Rio que, por acaso, no seu programa de governo não tem uma única linha sobre a Madeira. Ao contrário do programa do Bloco de Esquerda que é o que apresenta mais propostas para a Região”, destacou.

Luísa Santos refere que uma das questões que se coloca é o que vai acontecer à Segurança Social caso a direita vença as eleições de 30 de janeiro.

“Nós sabemos como é que alguns partidos de direita, potenciais aliados do PSD, querem investir o dinheiro dos contribuintes, o dinheiro que neste momento garante a sustentabilidade da Segurança Social, querem investir como se investe num banco. Querem privatizar a Segurança Social”, destaca.

Luísa Santos salienta que “a Iniciativa Liberal defende isto como se se tratasse de uma ideia inovadora, mas na verdade é uma ideia velha e falhada em outros países como o Chile ou EUA, onde, em 2008, os reformados viram as suas reformas estoiradas em investimentos na bolsa e ficaram sem nada”.

“Os madeirenses e porto-santenses podem escolher à esquerda, com impostos como o que taxou as casas de luxo (imposto Mortágua), ou à direita, com o PSD e outros, que querem promover a existência de seguros privados que nunca atendem às doenças graves ou investimentos dos nossos impostos em bancos e em ações, que podem desaparecer num segundo. São estes os cenários que existem e que distinguem um governo de esquerda de um de direita”, frisou, por fim.

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