Madeira considera novo Governo da República “mais equilibrado” e demonstra “total disponibilidade” de colaboração

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou que o novo Governo Nacional demonstra ser “mais equilibrado”, manifestando “total disponibilidade” para colaborar com o novo executivo.

“Temos total disponibilidade para colaborar com o Governo e com os ministros, é isso mesmo que vou reiterar ao primeiro-ministro porque temos de resolver algumas questões aqui, da Madeira, que estão pendentes. Tudo o que se resolve na Madeira são também soluções encontradas para o país, e, por conseguinte, estamos totalmente disponíveis para esse diálogo”, afirmou Miguel Albuquerque hoje, quinta-feira, dia 24 de março, durante uma visita de trabalho realizada ao Porto Santo.

Um dos motivos para a maior disponibilidade de diálogo prende-se com o facto de, a ver de Miguel Albuquerque, o chefe do Governo, António Costa, não ter “grandes objetivos” políticos na região autónoma, no seguimento das cinco derrotas eleitorais do Partido Socialista na região. Por outro lado, António Costa “também já não está circunscrito às imposições da extrema-esquerda”, considerou, concluindo que, com a maioria absoluta, “temos condições para trabalhar com serenidade, tendo em vista a resolução dos problemas da população, isso é o que nos interessa”.

“Neste momento é fundamental que o Governo Nacional trabalhe no sentido de iniciarmos a recuperação económica do país na pós-pandemia e também na circunstância de estarmos a atravessar uma situação difícil com a guerra na Ucrânia”, reforçou ainda o Presidente do executivo madeirense.

Durante a tomada de posse do Governo, na qual Miguel Albuquerque estará presente, o governante irá “solicitar ao senhor primeiro-ministro para termos uma reunião de trabalho”, afiançou, de modo a resolver questões pendentes com o Governo Central, nomeadamente “clarificar” o financiamento do novo Hospital Central da Madeira, a alteração da legislação para a Zona Franca, “para começar já, muito rapidamente, a inscrever as novas empresas”, bem como a alteração da Lei das Finanças Regionais.