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Madeira: CPPME diz que empresas desesperam por apoios estatais “efetivos e eficazes”

A confederação alertou para a difícil situação das empresas, na região, devido aos efeitos da pandemia, e pediu ao Governo “medidas ajustadas” para ajudar a cuidar da saúde das empresas, e a promover medidas “rigorosas e de rápida implementação” para os diversos tipos de empresários.
19 Janeiro 2021, 08h05

A delegação da Madeira da Confederação Portuguesas das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) concentrou-se na presidência do Governo da Madeira, na Quinta Vigia, onde alertou para a difícil situação das empresas, na região, devido aos efeitos da pandemia. A organização diz que as empresas estão em desespero por apoios estatais que sejam efetivos e eficazes.

Durante esta concentração na Quinta Vigia, a CPPME, dirigida por Paulo Azevedo, defendeu que não existem futuro para a economia regional se se deixar “falir, fechar, encerrar” as pequenas empresas.

“Os tempos vividos e que se preveem ainda viver, são dramáticos”, afirmou Paulo Azevedo.

A gravidade da situação, vincou o coordenador regional da CPPME, deveria obrigar o Governo Regional a tomar
“medidas ajustadas” para ajudar a cuidar da saúde das empresas, e a promover medidas “rigorosas e de rápida implementação” para os diversos tipos de Micro Pequenos e Médios Empresários.

Paulo Azevedo disse que a marcação desta concentração começou a dar os frutos, e levou a que o Governo apresenta-se novas medidas de apoios que incluem a restauração e o táxi.

“Podemos afirmar que estas medidas são resultado da convocação desta concentração e da ação que a CPPME realizou ao propor um fundo para o setor dos táxis”, esclareceu.

Contudo o coordenador regional da CPPME diz que as medidas anunciadas “não são suficientes” para dar resposta à “gravosa situação que afetou e afeta” os empresários da região.

Medidas de apoio às empresas têm sido insuficientes, defende CPPME

“Anunciam hoje e voltam a anunciar medidas que têm sido sempre insuficientes, sempre acompanhadas de inúmeras burocracias, medidas restritivas, discricionárias, com demoras e cheias de trapalhadas”, realçou.

Paulo Azevedo refere que se fala de milhões para apoios, “mas se os há, é para benefício de alguns, e não foram os Micro e Pequenos Empresários”. O coordenador regional da CPPME salienta que este tipo de empresários “vivem angustiados, levando muitos ao desespero por não saberem o dia de amanhã, atormentados porque os parcos apoios a que se candidataram nunca mais chegam”.

O dirigente da CPPME alerta que mais mais o Governo tardar em disponibilizar estes apoios, que são fundamentais para as empresas, a retoma da economia e para a manutenção do emprego, “mais se tem agravado a situação económica e social, com as inevitáveis repercussões, o encerramento de centenas de empresas, levando ao desemprego centenas de trabalhadores”.

Paulo Azevedo lembra que os Micro Pequenos e Médios Empresários são 99,9% do tecido económico Regional, e reforça que os Governo tem de os ouvir.

O dirigente da CPPME lembra que a 8 de abril a confederação apresentou ao Governo e à Assembleia Regional, uma proposta, que visava a criação de um Fundo de Emergência para os Micro empresários, “que deveria corresponder a um apoio a fundo perdido equivalente aos custos de estrutura (valor de um arrendamento, salários, e outras das despesas permanentes num mês)”.

No entender de Paulo Azevedo esta medida teria um “alcance real” para as empresas, e seria efetivamente uma linha de apoio que iria ajudar na retoma das empresas da região.

“Com a criação desse Fundo de Emergência pretendia-se que fosse assegurada a liquidez e fluidez das tesourarias das micro, pequenas, e médias empresas sem as restrições existentes, que excluíam a maioria das Micro e Pequenas Empresas (inexistência de incidente bancário, inexistência de dividas à Segurança Social e à Autoridade Tributária)”, afirmou.

CPPME entrega mais 17 propostas ao Governo da Madeira

A concentração, convocada pela CPPME, serviu também para entregar ao Governo 17 proposta, que a confederação considera serem urgentes que efeitos que iriam provocar na economia.

O dirigente da CPPME diz que é preciso mostrar solidariedade com os empresários e com as associações que lutam pelos seus direitos. “A luta vai ter de continuar nos próximos meses, e nós devemos estar disponíveis, para darmos os braços e juntos darmos força às suas reivindicações. Juntos somos mais fortes”, afirmou.

Paulo Azevedo salienta que a CPPME “nunca abandonou, nem abandonará” a defesa dos interesses dos Micro, Pequenos e Médios Empresários.

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