Francisca Nguema Jiménez, filha do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, já beneficiou de isenções fiscais de 1,5 milhões de euros por ter escolhido a Zona Franca da Madeira (ZFM) para abrir duas empresas. Os observadores internacionais alertam para as relações privilegiadas de offshores da Madeira com praças financeiras pouco ou nada transparentes, avança o jornal “Público”.
A eurodeputada socialista Ana Gomes escreveu uma carta à Comissão Europeia e à Autoridade Bancária Europeia a alertar para a presença de uma das empresas de Francisca Nguema Jiménez na Madeira: a Coralco. A empresa, cuja área de atividade se desconhece, foi criada em 2013 e, este ano, foi criada uma empresa igual a essa, com o nome Masela.
A Comissão Europeia está desde julho a fazer uma “investigação aprofundada” às isenções fiscais atribuídas pela ZFM durante o “regime III” (até dezembro de 2014). Foi nesse período que a Coralco foi criada e beneficiou do primeiro benefício fiscal. Além de não terem site, o gerente das duas empresas de Francisca Nguema Jiménez está ligado a mais 19 sociedades, todas com a mesma morada no Funchal.
Ana Gomes alerta, no documento que fez chegar a Bruxelas, que a presença de empresas da filha do presidente equato-guineense pode “ilustrar o branqueamento de capitais e os esquemas de evasão fiscal usados por esta PPE [Pessoas Politicamente Expostas] de uma cleptocracia”.
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