Madeira: JPP acusa GESBA de “promover a escravidão” dos agricultores de banana

“A GESBA paga mal, o Governo Regional paga mal, o agricultor recebe muito mal e é necessário que isto mude rapidamente, e que se passe a cumprir tudo aquilo que foi prometido pelo Governo Regional”, afirmou Rafael Nunes, acrescentando que “foram 7 anos de propaganda a criar expectativas nestes agricultores, e o que se verifica é que Humberto Vasconcelos falhou com estes bananicultores, que acusam a GESBA de não paga nem mais um cêntimo pela sua produção”.

O JPP acusou a empresa pública GESBA de exploração dos agricultores de banana, afirmando que a conduta da empresa, que tem lucros de um milhão de euros, promove “escravatura” para com os agricultores.

Numa iniciativa política ocorrida no sábado, dia 2 de abril, o vice-presidente do grupo parlamentar do JPP, Rafael Nunes, denunciou o tratamento “vergonhoso, por parte empresa pública GESBA, para com estes agricultores”, os quais “continuam a não ter o seu trabalho valorizado” após promessas de Miguel Albuquerque e do secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos para melhorar o setor.

“A GESBA paga mal, o Governo Regional paga mal, o agricultor recebe muito mal e é necessário que isto mude rapidamente, e que se passe a cumprir tudo aquilo que foi prometido pelo Governo Regional”, afirmou Rafael Nunes, acrescentando que “foram 7 anos de propaganda a criar expectativas nestes agricultores, e o que se verifica é que Humberto Vasconcelos falhou com estes bananicultores, que acusam a GESBA de não paga nem mais um cêntimo pela sua produção”.

O deputado do JPP lembrou que o Tribunal de Contas, na última auditoria efetuada à GESBA, apurou que o custo médio suportado pela GESBA “é de apenas quinze cêntimos por cada quilograma de banana. Tudo o resto vem da União Europeia e isto é, de facto, lamentável”.

Segundo o deputado, “não há qualquer valor fixo complementar ao valor pago por cada quilograma de banana e isto é completamente inadmissível. Num momento em que os fatores de produção crescem de uma forma vertiginosa, em que os adubos e fertilizantes agrícolas quase que duplicaram de valor, o Governo Regional limita-se a «acenar» com uma bandeira de seis cêntimos por quilo de banana, «esquecendo-se» de referir que, a partir de 1 de maio, vai retirar nove cêntimos ao valor pago ao agricultor por cada quilo de banana”, lembrou o porta voz da iniciativa. Tal é “completamente inadmissível para uma empresa que foi criada para aumentar o rendimento do agricultor e não para enriquecer os cofres do Governo Regional”, acrescentou.

Rafael Nunes lembrou ainda que a GESBA vai cortar no pagamento da banana biológica de conversão, algo que diz ser “enganar todos aqueles que pensaram que, ao passarem para o modo de produção biológico, iriam ter um complemento ao seu rendimento. Foi isto que lhes foi prometido”.

O deputado criticou ainda as prioridades da empresa pública GESBA, afirmando que esta dá mais importância às infraestruturas do que aos apoios aos agricultores: “Dois milhões de euros no museu da banana, outros 5,6 milhões num centro de processamento em São Martinho, ou seja, quase 8 milhões de euros em infraestruturas e o agricultor é sempre o esquecido”, salientou.

 

 

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