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Madeira: Número de acidentes de trabalho diminuiu 24,4% em 2020

O sector da “Construção” concentra o maior número de acidentes, com 24% do total, seguido do sector do “Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos”, com 16,5%.
8 Agosto 2022, 16h08

Em 2020, ocorreram 2.858 acidentes de trabalho na Região Autónoma da Madeira (RAM)  – o valor mais baixo da série iniciada em 2000 – menos 24,4%, ou seja, menos 920 acidentes, do que em 2019. Daqueles acidentes, há a registar três mortais, mais um que no ano anterior, referem os dados da Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM).

O sector da “Construção” concentra o maior número de acidentes, com 24% do total, seguido do sector do “Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos”, com 16,5%.

O sector “Alojamento, restauração e similares” foi o que registou em valor absoluto, a maior diminuição, menos 357 acidentes, ou seja, menos 49,8% que em 2019. Os acidentes neste sector ainda assim correspondem a 12,6% do total, sendo, por isso, o terceiro sector com maior número de acidentes.

Por sexo e grupos etários, observa-se que, em 2020, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (75,4%) e nas pessoas entre 35 e 54 anos de idade (55,3%). Nos grupos profissionais os “Trabalhadores qualificados da construção e similares, exceto eletricista”, que contaram com 621 acidentes, o que corresponde a 21,7%, e os “Trabalhadores dos resíduos e de outros serviços elementares”, com 303 acidentes, ou seja 10,6%, foram os que registaram maior número de acidentes.

No que respeita ao tipo de local do acidente, 23% dos acidentes ocorreram em “Zona industrial”, ou seja, 658 acidentes, e 21,1% em “Estaleiro, construção, pedreira, mina a céu aberto”, o que corresponde a 604 acidentes. A causa da maioria dos acidentes foi o “Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico”, com 32,7% do total de acidentes, ou seja, 935.

Os principais acontecimentos geradores diretos da lesão dos sinistrados foram “Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico”, com 30,9%, o que equivale a 883 acidentes, e “Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre/contra objeto imóvel”, com 22,7% e que se traduz em 649 acidentes.

Quanto às consequências dos acidentes, constata-se que as “Deslocações, entorses e distensões” e as “Feridas e lesões superficiais” foram as lesões que mais se evidenciaram, cujo peso no total, em 2020, fixou-se em 42,4% e 41,7%, respetivamente. Mais de metade dos acidentes atingiram as “Extremidades superiores” ou as “Extremidades inferiores”, com 34,1% e 26,6%, pela mesma ordem.

Relativamente ao número de dias de ausência do trabalho, é de referir que 23,8% dos acidentes não mortais não implicaram qualquer ausência ao trabalho. Entre os restantes, destaca-se o intervalo de sete a 13 dias de ausência para 16,5% do total de acidentes não mortais. O maior número de dias de trabalho perdidos por motivo de acidente de trabalho ocorreu no sector da “Construção”, com 27.285 dias, 28,7% do total de dias perdidos.

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