O PCP via promover um conjunto de iniciativas que visam identificar e denunciar os problemas da classe trabalhadora com o intuito de valorizar o trabalho e os trabalhadores. Esta campanha está inserida na preparação do congresso regional da força partidária previsto realizar-se entre 25 e 26 de fevereiro.
“O aumento da instabilidade e precariedade laborais são fruto de gravosas medidas legislativas, aprovadas nos últimos anos, medidas essas que contribuíram de forma evidente para desregular as relações de trabalho e aumentar a exploração e consequente aumento da pobreza e exclusão social”, disse o dirigente do PCP, Duarte Martins, junto às instalações do call center da Altice.
O dirigente partidário salientou que a precariedade laboral atinge principalmente os jovens sendo um fator de “instabilidade laboral social e até mesmo familiar”.
Duarte Martins acrescentou que em média um trabalhador com vínculo precário “aufere salários inferiores em 30%” que um trabalhador com vínculo efetivo.
“A precariedade laboral é, assim, a principal causa de desemprego na nossa Região”, salientou o dirigente da força partidária.
É salientado pelo partido que a precariedade “afeta mais de 19.800 trabalhadores da Região Autónoma da Madeira”, de acordo com dados estatísticos. A força partidária sublinha que se a isto juntarmos os falsos recibos verdes “verificamos que mais de 20% dos madeirenses e portossantenses que têm trabalho encontram-se numa situação de instabilidade laboral”.
A força partidária considera que a principal causa do aumento do desemprego “é o fim de contratos não permanentes, ou seja, vínculos laborais precários, que, por exemplo, no mês de novembro de 2022 representaram 36% do total dos novos inscritos no Instituto de Emprego da Madeira”.
É referido que “29,6% dos desempregados na nossa Região são trabalhadores com idade entre os 18 anos e os 34 anos”.
Nesse sentido Duarte Martins pediu que se tomem medidas que invertam o rumo de precarização do mundo do trabalho. O dirigente salientou a importância de valorizar o trabalho e os trabalhadores.
O membro do PCP sublinhou também que é necessário “garantir emprego com direitos e valorizando os salários e as remunerações, garantindo que a cada posto de trabalho permanente represente um vínculo laboral efetivo”.
Duarte Martins sublinha referiu que a grande maioria dos cerca de 500 trabalhadores do call center da Altice, na Região, “são jovens e continuam a ter um vínculo precário”.
O dirigente partidária salientou que com a luta dos trabalhadores deste sector “foi possível por fim aos contratos de 15 em 15 dias, mas a precariedade laboral é ainda uma realidade bem presente na vida dos jovens trabalhadores do call center“.