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Madeira produz algas marinhas para substituir sal nos alimentos

A Região tem no mercado uma variedade de produtos que permitem temperar a comida de forma saudável com a vantagem de terem propriedades nutritivas e medicinais.
18 Fevereiro 2018, 11h00

A utilização de algas marinhas por alguns cozinheiros de renome na Madeira já é um facto, mas qualquer pessoa pode aceder facilmente a estes produtos alternativos ao sal, com a vantagem de terem propriedades nutritivas e medicinais.

Com sede no Parque Empresarial de Câmara de Lobos, a Unidade de Bioquímica da Madeira (UBQ Madeira aproveita as macroalgas marinhas para substituir o sal em alimentos e produzir extratos, num processo inovador em Portugal que prima pela obtenção de componentes biofuncionais e pela produção de suplementos e aditivos alimentares.

A empresa opera com algas selvagens capturadas por um mergulhador profissional em diversos locais da ilha da Madeira. Depois de higienizadas, as algas são sujeitas a um processo de desidratação e secagem para eliminar a água na sua composição. São depois moídas, empacotadas e vendidas com o rótulo próprio da UBQ.

No mercado regional, estão à disposição dos compradores seis variedades de componentes de algas que permitem substituir o sal total ou parcialmente em receitas variadas – desde saladas, massas, pizzas ou estufados. Pode compra-los, por exemplo, na Bioforma ou em algumas lojas de vinhos.

Há também uma variedade considerável de produtos produzidos à base de macroalgas que ajudam a combater problemas de saúde como carência de iodo e hipertensão. Entre eles, um vinagrete com algas, uma variedade de massa com algas e suplementos alimentares.

“O iodo é um mineral fundamental, com benefícios comprovados, por exemplo, no equilíbrio da tiróide, nas restruturação da pele e do cabelo. Para além disso, estes produtos são muito ricos em vitaminas A, B, C B12 e Omega 3”, explica Yolanda Brazão, bióloga da UBQ.

A Ulva Lactuca, uma alga verde conhecida por alface-do-mar, é a estrela desta companhia. A partir desta espécie são criados temperos diversos e o pão produzido pela empresa regista uma crescente procura entre os madeirenses.

Trata-se de um pão de fermentação natural, com uma duração de três a quatro dias e que pode ser conservado no congelador durante seis meses. No momento, a UBQ trabalha com uma padaria regional, com receita própria, para produção e comercialização deste alimento.

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