O vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal do Porto Santo, Miguel Brito, acusa a autarquia de querer silenciar os partidos da oposição, ao não permitir que estes discursem na cerimónia do Dia do Concelho.
Na reunião camarária de sexta-feira, Miguel Brito propôs ao executivo municipal que fosse respeitada a vontade popular expressa em setembro passado e fosse dada a palavra à oposição na sessão solene comemorativa do Dia do Concelho.
Contudo, o vereador refere que “não houve abertura por parte do Executivo PSD/CDS”, o que classifica de “um retrocesso na garantia de liberdade de expressão democrática para um dia que entendemos que é de todos e não só de alguns”.
O socialista diz não compreender porque é que, mesmo nos anteriores mandatos governados pelo PSD, este era um direito que os partidos da oposição tinham e agora perdem sem uma explicação razoável.
Por outro lado, Miguel Brito frisou que na reunião foi possível confirmar que há interesse do município em adquirir o prédio que pertence ao Clube Desportivo Portosantense, ainda que, segundo o vereador, não seja conhecida a utilidade que isso terá para a população.
Miguel Brito aproveitou ainda para expor uma série de situações relacionadas com a gestão territorial do município, principalmente ligadas ao Ambiente, tais como materiais de obras em plena via pública a obstruir o acesso aos munícipes e alguma falta de rigor na sinalética.
O vereador manifestou ainda a sua preocupação com a sucata a céu aberto existente em frente ao campo de golfe, o que “não dignifica nem abona nada a favor” da imagem do Porto Santo enquanto destino turístico.
Foram ainda aprovados regulamentos relacionados com o Orçamento Participativo Jovem, o Banco de Ajudas Técnicas e o Fundo de Emergência Social.
Miguel Brito expressou ainda pesar pela morte do piloto de ralis Pedro Paixão, em consequência de um acidente de moto ocorrido no Porto Santo.