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Madeira: PS procura desenvolver a região através de uma alternativa de governo “séria e credível”

O PS considera que o Governo da Madeira, do PSD/CDS-PP, é “incapaz” de resolver os problemas da população. Os socialistas referem que o partido “é a única alternativa possível” de governação, na Madeira, e que assegura uma “mudança responsável”.
29 Agosto 2022, 09h14

O presidente do PS Madeira, Sérgio Gonçalves, considerou que o partido é a única alternativa de governação na região autónoma, e comprometeu-se a trabalhar no desenvolvimento da região e na melhoria das condições de vida da população.

“Queremos afirmar uma alternativa séria, credível, na qual os madeirenses se revejam e se sintam representados”, disse Sérgio Gonçalves, criticando o Governo Regional da Madeira, que resulta de uma coligação entre PSD e CDS-PP, por ser “incapaz de resolver os problemas” da população.

O líder dos socialistas madeirenses assegurou que um Governo, liderado pelo PS Madeira, “não falhará”.

Sérgio Gonçalves referiu que vai dar a cara por um projeto político que “é a única alternativa possível” de governação, na Madeira, e que assegura uma “mudança responsável”.

O socialista diz que quer uma região “com mais igualdade, mais oportunidades, mais transparência, mais emprego, com um menor custo de vida, com uma Saúde e Educação melhores, com melhor mobilidade, com aumento e valorização da produção regional e redução da dependência do exterior”, em oposição às “políticas gastas” do PSD que levaram a Madeira a “tornar-se a região mais pobre e com a mais alta taxa de desemprego do País”.

Sérgio Gonçalves disse que o PS vai apresentar um programa “inovador, com engenho e com soluções”, acrescentando que o objetivo passa também por “acabar com o regime da cunha e da subsidiodependência. Queremos acabar com um regime caduco onde as clientelas prosperam, mas o cidadão comum, o madeirense, desespera”.

O presidente do PS Madeira acusou o líder do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, de não governar a região e de condenar a Madeira “ao empobrecimento, ao retrocesso e ao atraso no desenvolvimento”.

Sérgio Gonçalves questiona “como é possível que, passados dois anos de uma pandemia e da maior crise que passamos ao longo do último século, as únicas soluções que tem para apresentar aos madeirenses sejam esbanjar milhões em betão para prolongar a pontinha e para ligar o Funchal por um túnel de uma ponta a outra”.

O dirigente do PS Madeira considera que utilizar os recursos da Região para estas obras megalómanas e de necessidade discutível “é de loucos, não faz qualquer sentido e é um desastre em termos financeiros. Não contem com o PS Madeira, não contem comigo para enveredar por esse caminho. Queremos terminar com as clientelas, com os que dependem e sobrevivem à conta do regime”.

O socialista voltou a criticar o executivo madeirense por se recusar a aplicar o diferencial fiscal de 30% em relação ao Continente, reforçando que isso só acontece “por pura teimosia” de Miguel Albuquerque. “Podemos baixar o IVA para quatro, nove e 16 por cento como nos Açores, mas isso não é uma realidade por culpa do Governo Regional. Quem está preparado para esbanjar 200 milhões de euros no molhe da Pontinha pode reduzir os impostos e melhorar as condições de vida de todos os madeirenses e porto-santenses”.

PS coloca habitação como prioridade

Sérgio Gonçalves disse também que a habitação será uma prioridade para um Governo Regional do PS. O socialista referiu que existem cinco mil famílias com carências habitacionais e 26% da população depende de habitação social, sublinhando que os 136 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apenas irão colmatar 30% das carências identificadas. “O PSD ignorou os alertas do PS e ignorou as necessidades da população”, acrescentando que a única habitação social de raiz que foi construída na Região nos últimos anos foi feita pelos executivos do PS no Funchal.

O socialista criticou também o aumento das listas de espera na saúde, ao referir que em 2015 o presidente do Governo da Madeira, prometeu resolver o problema, mas que passados estes anos, os números duplicaram. “Esta situação é absolutamente inaceitável, por mais que o Governo Regional tente passar uma imagem contrária”.

Sérgio Gonçalves disse também que vai defender a autonomia, referindo que esta deve servir para “melhorar a vida” da população e não deve ser usada como uma forma de “gritar contra Lisboa”.

O presidente do PS Madeira referiu que os dirigentes do PSD são “iluminados por uma cor laranja, que continua a fazer-nos seguir num caminho a preto e branco”, e que este PSD Madeira, agora ajudado pelo CDS-PP “não apresentou uma única ideia de futuro” para a Madeira e a única coisa que faz “é criticar” o PS Madeira, “porque sabe que temos propostas, ideias, soluções e uma visão de futuro e temos pessoas competentes para concretizar a mudança e para governar a Madeira”.

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