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Madeira: PSD propõe ensino recorrente à distância na RAM

Paulo Alves, do Juntos pelo Povo (JPP), destaca o perfil do aluno que frequenta o ensino recorrente, ou o ensino e formação de adultos, vincando que são pessoas desempregadas ou com dificuldades económicas e por isso questiona se a Secretaria da Educação irá ajudar na aquisição dos equipamentos digitais.
  • Doutor Finanças
13 Julho 2021, 13h07

O PSD apresentou esta terça-feira na Assembleia Legislativa da Madeira um projeto de resolução que prevê a implementação de um sistema de ensino recorrente à distância na Região, sem referir, no entanto, a que graus de ensino se destinaria.

O deputado Valter Correia explica que a implementação deste projeto representaria uma segunda oportunidade de educação para os que, pelos mais variados motivos, não conseguiram obter a escolaridade que desejavam.

Paulo Alves, do Juntos pelo Povo (JPP), destaca o perfil do aluno que frequenta o ensino recorrente, ou o ensino e formação de adultos, vincando que são pessoas desempregadas ou com dificuldades económicas e por isso questiona se a Secretaria da Educação irá ajudar na aquisição dos equipamentos digitais.

Já o deputado do Partido Socialista Rui Caetano refere que “naturalmente” esta proposta “terá a aprovação do PS”, sublinhando que a mesma “é também o reconhecimento por parte do PSD de que ainda há tando para fazer na Região nesta área da educação, apesar da nossa autonomia e competências para fazer diferente e muito mais”.

Desta forma, Rui Caetano destaca que a proposta vem tarde, visto que em Portugal Continental já há uma portaria desde 2016 para o ensino recorrente à distância para conclusão do secundário.

O deputado do PCP Ricardo Lume frisa que esta “não é uma iniciativa que possa trazer grande discordância, mas cria algumas dificuldades a trabalhadores ou pessoas que têm menores recursos económicos e menores possibilidades de ter acesso com aproveitamento ao ensino recorrente”.

Ricardo Lume salienta ainda que as culpas, para as pessoas não terem as qualificações desejadas, não podem ser apontadas apenas ao sistema educativo, realçando que muitas empresas não garantem o estatuto de trabalhador-estudante aos trabalhadores que procuram por sua iniciativa obter mais qualificações.

Já António Lopes da Fonseca, do CDS, vinca que esta proposta dos sociais-democratas é apenas mais uma alternativa, que não prevê a substituição da oferta que já existe de formação para adultos.

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