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Maduro acusa Portugal e EUA de sabotarem importação de pernil de porco

Em La Vega, no oeste de Caracas, mais de uma centena de pessoas concentraram-se em frente a um centro comercial, e gritaram palavras de ordem como “o povo com raiva reclama o seu direito”.
28 Dezembro 2017, 07h59

Alguns residentes de dois bairros populares de Caracas, La Vega e Antímano, saíram à rua, na noite de quarta-feira, para protestar pela falta de pernil de porco, de alimentos e de gasolina.

Os protestos intensificaram-se depois de o Presidente Nicolás Maduro, ter acusado os Estados Unidos e Portugal “de sabotarem” a importação de pernil de porco, que o Governo venezuelano tinha prometido distribuir entre o povo, a preços subsidiados, durante o Natal.

Em La Vega, no oeste de Caracas, mais de uma centena de pessoas concentraram-se em frente a um centro comercial, e gritaram palavras de ordem como “o povo com raiva reclama o seu direito”.

Os manifestantes, alguns deles com t-shirts pró-regime e com pequenas bandeiras da Venezuela, ergueram barricadas de lixo e escombros nas proximidades da casa comunal do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder).

Em Antímano, também no oeste da capital, pelo menos duas centenas de pessoas bloquearam a avenida principal em protesto pela falta de pernil e de alimentos.

Nos últimos dias, vários grupos de residentes de zonas pobres protestaram, em diferentes zonas do país, por não terem recebido o pernil de porco que Maduro tinha prometido a seis milhões de famílias que recebem um cabaz de alimentos do Governo.

Entretanto, na rede de mensagens Twitter, na sequência da acusação do chefe de Estado venezuelano, foram criadas várias palavras-chave, incluindo #Portugal, sobre a falta de pernil de porco e os protestos.

A etiqueta #Portugal, com mais de 54 mil mensagens, reproduziu as acusações de Nicolás Maduro, mas acompanhadas de comentários, na sua maioria a desacreditar as palavras do Presidente da Venezuela e a manifestar apoio à comunidade portuguesa local.

“O Portugal que Maduro, no seu desordenado desespero, insulta, com um Governo socialista de esquerda, é o único país europeu que o tem apoiado”, lia-se numa mensagem de Rafael Poleo.

Por outro lado, sob a palavra-chave #PernilMovie, os utilizadores do Twitter brincavam com a situação, escrevendo mensagens como “o pernil e a mochila azul”, “pernil wars: o império contra-ataca”, “pernis das caraíbas: a maldição da praga negra”, “como pernil para chocolate”, “as 50 sombras do pernil”, “rápido e furioso: a fuga dos pernis”, “Harry Potter e o pernil filosofal”, “Indiana Jones: O pernil da perdição” e “Querida, encolhi o pernil”, entre outros.

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