Os preços das casas para venda subiram 18,7% em Portugal no ano passado, naquele que foi o maior aumento registado desde 1991, quando o valor se fixou nos 18.8%, segundo os dados revelados pelo Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário esta segunda-feira, 23 de janeiro.
De resto, as percentagens mais próximas da subida dos preços da habitação tinham sido registadas nos dois anos anteriores à pandemia, com 15%. Ou seja, o último ano acabou por refletir uma continuidade neste aumento que vem acontecendo desde 2017, ano em que a valorização de 12,8% mais que duplicou a de 5,6% registada em 2016.
Por sua vez, em 2018 e 2019 observaram-se valorizações homólogas em dezembro de 15,4% e 15,8%, respetivamente. Valores que verificaram uma desaceleração em 2020, quando os preços de venda das casas terminaram o ano com um crescimento de 4,8%, provocado pela pandemia.
No entanto, em 2021 voltou a sentir-se uma tendência de subida dos preços da habitação, registando-se uma valorização homóloga de 12,2%, que teve a sua continuidade no último ano.
2022 marcado por altos e baixos
Os preços de venda da habitação em Portugal viveram um período de altos e baixos em 2022. Se até ao mês de julho foi verificado um aumento constante dos valores com sucessivas subidas mensais médias de quase 2,0%, a segunda metade registou uma perda de intensidade, nas variações mensais, que por duas vezes ficaram abaixo de 1,0%, sendo que em setembro atingiram uma variação mensal negativa de 0,5.
Ou seja, apesar de ter chegado aos 18,7%, a variação homóloga registada em dezembro apresentou uma descida face ao verificado na segunda metade de 2022, quando atingiu o valor histórico em agosto de 21,1%, sendo o mais baixo desde julho.
Uma tendência de descida que se verificou também nas variações trimestrais, dado que a cada trimestre, passando de 5,5% no primeiro trimestre de 2022, para 5,0% no segundo trimestre, 3,7% no terceiro trimestre e, finalmente, 3,2% no último trimestre do ano.