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Maior confiança em Portugal leva juros da dívida para novos mínimos

A subida do ‘rating’ de Portugal pela Standard and Poor’s e a compra de ativos pelo Banco Central Europeu são apontados como as principais razões para a descida nos últimos meses. O BCE deverá ter causado uma queda de 140 pontos base nas ‘yields’ nacionais.
7 Dezembro 2017, 16h28

Os juros da dívida pública estão desde o verão a beneficiar do reforço da confiança dos investidores no país e voltaram esta quinta-feira a cair. No dia em que a Moody’s classificou Portugal como o segundo país que mais beneficiou da política acomodatícia do Banco Central Europeu (BCE) e em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se mostrou mais otimista sobre o crescimento e redução do défice nacionais, as yields das obrigações benchmark tocaram mínimos de 32 meses.

Os juros das Obrigações do Tesouro português a 10 anos tocaram esta quinta-feira os 1,80%, um valor que não tocavam desde 15 de abril de 2015. O valor compara os 3,7% com que as yields de Portugal começaram o ano e com o máximo desde ano (4,247%) tocados em fevereiro.

Segundo a agência de notação financeira, o programa de compra de ativos do BCE reduziu as taxas da obrigações soberanas da zona euro a dez anos entre 50 e 150 pontos base. Portugal e a Irlanda foram os principais beneficiados pela política não convencional da instituição liderada por Mario Draghi, implementada na sequência da crise financeira.

No caso de Portugal, o impacto foi de cerca de 140 pontos base, ao passo que na Irlanda se aproxima dos 150 pontos base. A agência de rating calcula que, até o final deste ano, o total de compras ao abrigo dos vários programas atinja 2,3 biliões de euros – cerca de um quinto do PIB da área do euro.

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