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Maior consumo de tabaco relacionado com nível de escolaridade

O Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF) divulgou hoje os dados sobre o consumo de tabaco no país, revelando que o nível de escolaridade é uma das principais causas relacionadas com o número elevado de fumadores portugueses entre os 25 e os 74 anos.
  • Lindsay Fox / www.ecigarettereviewed.com
31 Maio 2017, 17h50

No dia em que se assinala o Dia Mundial Sem Tabaco, o Instituto Nacional de Saúde com Ensino Físico (INSEF), coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, as mulheres sem escolaridade ou com o 1º ciclo do ensino básico representam 7,2% dos consumidores de tabaco, enquanto que as mulheres com ensino superior constituem 20,6%. Face ao sexo masculino, o consumo de tabaco é fortemente notável nos grupos com escolaridade intermédia, ou seja, 2º ou 3º cliclo do ensino básico, situando-se nos 34,1%, independentemente da idade.

Contudo, as prevalências mais elevadas fizeram-se notar nos grupos etários dos 25 aos 34 anos – dos quais 45,6% são homens e 25,1% mulheres -, e dos 65 aos 74 anos – sendo que 10,8% são do sexo masculino e 2,5% do sexo feminino. Assim como os desempregados se distinguem no relatório, com uma representação de 43% dos homens fumadores e 27% das mulheres.

Carlos Matias Dias, coordenador geral do INSEF, explica que “a identificação de grupos da população com prevalências de consumo de tabaco mais elevadas entre os desempregados e entre as mulheres com escolaridade mais elevada é fundamental para priorizar intervenções e avaliar potenciais ganhos de saúde delas decorrentes”, afirmando que “a análise laboratorial das amostras de sangue recolhidas pelo INSEF permitirá aumentar a base de evidência quanto à exposição da população portuguesa ao  tabaco e desigualdades na sua distribuição”.

Para a realização deste relatório, o INSEF totalizou 4,911 mil entrevistas, dos quais 2,265 mil (46,1%) são homens e 2,646 mil (53,9%) são mulheres. A maioria estão em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) sem escolaridade ou com o ensino básico e 11,2% desempregados.

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