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Maioria dos pagamentos na restauração são feitos em dinheiro

O inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e da Nielsen mostra ainda que a maioria dos consumidores são de origem europeia, havendo uma ligeira subida na percentagem de asiáticos nos dias úteis.
  • Hugo Correia/Reuters
10 Outubro 2018, 12h13

O modo de pagamento mais utilizado para pagamento de refeições é o dinheiro, uma vez que o preço médio de um snack-bar tende a ser menor, conclui um inquérito elaborado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e da Nielsen Portugal, junto do Canal HORECA (restauração e bebidas e alojamento turístico), com o objetivo de conhecer os padrões atuais do consumo dos clientes, nacionais e estrangeiros.

Ainda no que respeita a formas de pagamento, caso a análise seja feita por tipo de estabelecimento, já a disparidade de utilização de dinheiro se esbate. Já em termos geográficos os resultados diferem: na região Norte, os pagamentos em dinheiro registam 89%, mas na área Centro/Lisboa o pagamento em dinheiro é semelhante ao pagamento em cartão de débito, com 55% e 42%, respetivamente.

A explicar esta opção estão os preços praticados, verificando-se uma predominância entre os 5 e os 10 euros, sendo que nos pratos vegetarianos 30% acima dos 10 euros. No que concerne ao preço do jantar, 47% situa-se entre os 5 e os 10 euros e 45% acima dos 10 euros. Ao almoço, mais de metade dos preços ficam entre os 5 e os 10 euros. Ao fim-de-semana tudo se altera, e os preços aumentam substancialmente, elevando-se para a fasquia acima dos 10 euros.

Quanto ao número médio de refeições servidas, nos dias úteis e fim-de-semana, almoço e jantar, foi possível concluir que, em em dias úteis, os consumidores nacionais almoçam mais fora de casa, ultrapassando 60% das refeições servidas. Nos hotéis, a maioria das refeições servidas são jantares. Durante o fim-de-semana, o consumo turístico passa a ser ao jantar para quase todos os estabelecimentos.

Enquanto no Centro/Norte regista o valor médio de refeições servidas é mais elevado ao almoço nos dias úteis (54) e no fim-de-semana (59), na área Centro/Lisboa e nas áreas Norte e Sul são servidas, em média, 45 refeições por dia nos dias úteis ao almoço. Já o Sul, apresenta os valores mais elevados para o menu turístico, uma média de 72 refeições ao almoço e média de 84 ao jantar.

Atendendo a que este inquérito, que incidiu sobre mais de 2 mil estabelecimentos de Norte a Sul de Portugal continental (distribuído pelo tipo de estabelecimentos de Fast Food, Hotéis, Restaurantes e Snack-Bar), permitirá à AHRESP e aos empresários a análise dos comportamentos da procura e, consequentemente, apoiar a definição ou o reajustamento da sua estratégia comercial, também foi identificada a origem dos clientes.

O inquérito apurou que a maioria dos consumidores são de origem europeia, havendo uma ligeira subida na percentagem de asiáticos nos dias úteis. Relativamente ao número de refeições turísticas servidas observa-se que os inquiridos provenientes do Continente Americano (América do Norte), representam 52% na área Norte e 30% na área Sul, sendo que a América do Sul representa 63% na área Norte e 20% na área Sul.

Os inquiridos do Continente Asiático representam maior número de refeições na Área Norte (45%), seguido da Área Centro/Lisboa (29%) e por último a Área Centro/Norte e a Área Sul, com 15% e 12% respetivamente, enquanto os inquiridos do Continente Africano, representam um maior número de refeições efetuadas na Área Norte (66%) e logo de seguida a Área Centro/Norte com 24%. Por último, os inquiridos sul-americanos aproveitam mais os fins-de-semana.

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