Mais de 1.600 estrangeiros retidos na fronteira por não reunirem condições legais

O posto de fronteira aérea do aeroporto de Lisboa foi o que registou mais recusas, que incidiram em mais de metade (58%) sobre cidadãos do Brasil.

Reuters

Mais de 1.600 estrangeiros foram impedidos de entrar em Portugal no ano passado. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) aponta para um aumento de quase 29% para 1.655 em relação ao ano passado no número de recusas de entrada em Portugal a estrangeiros que não reuniam as condições legalmente previstas para a sua admissão no país.

O relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo do SEF aponta a ausência de motivos que justificassem a entrada como a principal razão pela qual os cidadãos estrangeiros ficaram impedidos de entrar em Portugal (664 emigrantes). A ausência de visto adequado ou visto caducado (564) e indicações para efeitos de não-admissão no espaço Schengen (134) são também alguns dos casos mais frequentes.

O posto de fronteira aérea do aeroporto de Lisboa foi o que registou mais recusas, que incidiram em mais de metade (58%) sobre cidadãos do Brasil. Seguem-se os cidadãos de nacionalidades angolana  (112), paraguaia (77) e venezuelana (47).

O serviço de segurança transfronteiriço destaca ainda o aumento do número de imigrantes ilegais detetados na via pública, que disparou 129,6%. Quase um quarto dos ilegais detetados em Portugal em 2016 era da Índia. Seguem-se o Brasil (13,8%) e da Ucrânia (12,1%).

O SEF indica ainda que o aumento do número de recusas de entrada é o reflexo da atividade de controlo de fronteiras. O ano passado foram controladas nas fronteiras 15.417.177 pessoas, mais 8,7% do que em 2015.

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