Mais de 500 pessoas foram barradas na fronteira de Portugal por questões de segurança em 2016

A maioria dos estrangeiros barrados na fronteira nacional tinham antecedentes criminais ou foram expulsos de outros Estados-membros, tendo ordem de não admissão ou permanência no espaço Schengen.

Nikolay Doychinov/Reuters

Mais de 500 estrangeiros (537) foram impedidos de dar entrada em Portugal no ano passado devido aos alertas de segurança do Sistema de Informação Schengen (SIS), que controla as fronteiras de 29 países. No conjunto de países pertencentes ao espaço de livre circulação europeu, 830 mil pessoas, onde se inclue o marroquino, suspeito de ligações terroristas, entregue para interrogatório a Portugal, eram procuradas pelas autoridades.

Segundo avança o jornal ‘Diário de Notícias’, a maioria dos estrangeiros barrados na fronteira nacional (443) tinham antecedentes criminais ou foram expulsos de outros Estados-membros, tendo ordem de não admissão ou permanência nesta zona de livre circulação. Já os restantes 94 foram detidos e extraditados pelas autoridades europeias.

Os dados do SIS contrastam, no entanto, com os das autoridades nacionais que mostram que 424 estrangeiros eram procurados noutros países europeus na sequência de processos criminais instaurados noutros países pertencentes ao espaço Schengen. Referenciados nas fronteiras nacionais  e sob “vigilância discreta e especial” estiveram ainda 960 estrangeiros, a pedido de outros países pertencentes à zona de livre circulação de pessoas e mercadorias.

O eurodeputado Carlos Coelho, membro da Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos defende que é “inegável a importância do SIS para a segurança dos nossos cidadãos”. Carlos Coelho lembra que é preciso “mais cooperação e melhor informação para respondermos aos novos desafios que se colocam à nossa segurança”, especialmente no que toca aos jihadistas europeus recrutados pelo autoproclamado Estado Islâmico.

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