O CEO da Amazon Web Services (AWS) reiterou esta terça-feira que a migração de dados para a cloud – sobretudo a que assentar nas soluções da marca que lidera – adequa-se a organizações de qualquer dimensão.
“Não são apenas as grandes empresas [que têm esta tecnologia]. De acordo com a PitchBook, existem mais de mil unicórnios no mundo e a maioria (83%) utiliza cloud da AWS. E mais de 90% das startups orientadas para a cloud também têm os seus negócios em AWS”, afirmou Adam Selipsky, na conferência anual da AWS que decorre em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Na sua opinião, a nuvem dá às empresas a capacidade para estarem à frente da concorrência e permite-lhes moverem-se em quatro cenários diferentes: vasto, incomensurável, extremo e de possibilidades futuras. Um dos exemplos de maior dimensão é a francesa Engie, que utiliza este tipo de computação para melhorar as suas infraestruturas de energia renovável ou desenvolver internamente o CommonDataHub.
Biljana Kaitovic, vice-presidente do grupo Engie com a pasta da Tecnologia da Informação e do Digital, entrou no palco do centro de congressos do hotel Venetian com uma lembrança misturada de alerta: em 1882 a necessidade energética era de 9 mil terawatts por hora, um terço do que os Estados Unidos consomem atualmente), hoje é de 180 mil TWh e a previsão é que atinja os 250 mil TWh no médio prazo.
“Precisamos de energia para estar acessíveis, mas também para a transição para uma economia neutra em carbono. Não temos muito mais tempo para lidar com esta crise climática. Cada dia conta”, advertiu Biljana Kaitovic, presente na mesma sessão. Segundo a executiva da Engie, os dados servem para otimizar a utilização e produção de energias renováveis e gerir a energia descentralizada, através da blockchain.
O re:Invent 2022 conta com cerca de 50 mil participantes em Las Vegas, além de aproximadamente três mil inscritos na versão digital.