Mais de mil jornalistas subscrevem abaixo-assinado contra preço da carteira profissional

Na quinta-feira, os jornalistas vão entregar no Palácio da Foz, em Lisboa, um abaixo-assinado com mais de mil assinaturas.

Os jornalistas vão entregar um abaixo-assinado à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) na quinta-feira pelas 10h30, devido ao aumento do preço da carteira profissional. O abaixo-assinado já conta com mais de mil assinaturas.

O problema que espoletou este abaixo-assinado foi a atualização feita aos emolumentos para a emissão e revalidação da carteira de jornalista, que passou de 70,50 euros em 2022, para 76 euros no dia 1 de fevereiro de 2023.

Os profissionais aproveitam para apelar na carta a uma reflexão mais profunda sobre o exercício da profissão e as suas condições em Portugal.

Os jornalistas foram surpreendidos com o novo aumento do valor da carteira, que consideram “injustificado e abusivo”. “O custo da carteira de jornalista há muito que é questionado pelos profissionais, mas este aumento é uma manifestação de que a CCPJ não se compadece com as dificuldades que vivemos atualmente, em que aos baixos salários generalizados se soma o grave aumento do custo de vida, numa atitude de aplicação cega das regras”, são algumas das preocupações que podem ser lidas no abaixo-assinado.

Como representantes dos signatários estão Irina Melo, jornalista da Lusa, Luís Varela de Almeida, jornalista da TVI e da CNN, Pedro Miguel Costa, jornalista da SIC, Raquel Costa, jornalista da revista MAGG e Soraia Ramos, jornalista da RTP.

Para exercer a profissão de jornalista é necessário a emissão de uma carteira profissional, que tem de ser renovada de dois em dois anos, sendo que o exercício desta sem a devida habilitação constitui legalmente contra-ordenação punível com coima de mil euros a sete mil e quinhentos euros.

 

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