As mais recentes descobertas sobre o plástico são assustadoras, mas são reais. Uma das nossas maiores descobertas está a matar-nos aos poucos e o plástico não existe apenas nos sacos, está presente num sem número de coisas que consumimos todos os dias. Na minha vida tento não ser fundamentalista, mas nisto do plástico confesso que começo a tornar-me um pouco “radical”, porque não temos a verdadeira noção do plástico que invade a nossa vida de manhã até à noite.

É também por isso que dou cada vez mais valor a marcas que assumem uma posição mais ‘verde’ no que produzem, no que vendem e na embalagem que utilizam. Noutros países da Europa esta é uma realidade cada vez mais fácil de encontrar porque já se encontram em fase de amadurecimento. Portugal, porém, ainda está em fase de crescimento.

Em todo o caso, está aqui uma excelente oportunidade para marcas que querem conquistar mercado, não só em targets mais jovens, mas também em faixas etárias mais velhas que, apesar de não terem crescido com esta preocupação, querem um futuro mais promissor para os filhos e netos.

A grande importância de uma marca para qualquer empresa reside no facto de o consumidor não comprar determinado produto, mas sim a marca, porque se identifica com ela – seja por questões de qualidade ou de valores. E aqui ‘ser verde’ pode fazer sentido em todos os segmentos. Sim, todos. Desde a moda à alimentação, da água às tintas, do fast food à decoração.

Os consumidores dão valor a todos os gestos, mas atenção, não vale a pena mentir, não vale a pena dizer sem parecer. Uma marca que se diz 100% ecológica sem o ser pode ter piores efeitos do que aquela que não o é por opção. É por isso que a frase “pequeno contributo para fazer a diferença” faz cada vez mais sentido. Podem ser pequenos gestos, mas o consumidor vai certamente valorizá-los.

Compreende-se que as marcas não queiram prejudicar o seu negócio quando a maioria ainda não tem atitudes ‘eco’, mesmo que diga que tem preocupações nesse sentido. Mas essa atitude também deve partir dos consumidores. Se formos muitos, as marcas não terão outra alternativa senão adaptar-se e os restantes consumidores mais preguiçosos também.

Vamos então começar a comprar de forma mais consciente, a reutilizar e reciclar, a escolher produtos a peso nos supermercados, algo que já é possível mesmo nas grandes superfícies e com produtos de marcas reconhecidas. É notável o percurso de algumas marcas, de cadeias de distribuição e de novas soluções que surgem no mercado. É possível comprar melhor e escolher marcas com preocupações ambientais – sempre.