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Mais secretários de Estado podem estar de saída do Governo

A remodelação do Governo de António Costa vai continuar e em cima da mesa está a eventual saída de outros secretários de Estado, que já haviam apresentado a intenção de abandonar o Executivo, por razões pessoais ou profissionais.
  • Rafael Marchante/Reuters
10 Julho 2017, 08h02

Depois de anunicada a exoneração de três secretários de Estado, a remodelação do Governo pode não ficar por aqui. Segundo avança o jornal ‘Diário de Notícias’, outros secretários de Estado podem estar também na lista para sair na sequência de pedidos antes apresentados junto do primeiro-ministro, António Costa, por razões pessoais ou profissionais.

Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Vasconcelos, da Indústria, e Jorge Costa Oliveira, da Internacionalização, apresentaram pedidos de demissão ao primeiro-ministro, após terem solicitado ao Ministério Público para serem constituídos arguidos no processo ‘GalpGate’ para provarem que “os seus comportamentos não configuram qualquer ilícito”.

No chamado caso ‘Galpgate’, o jornal Público revela que a petrolífera foi constituída arguida, assim como dois chefes de gabinete do Executivo socialista e o assessor para as questões económicas do primeiro-ministro, Vitor Escária.

O caso remonta a agosto do ano passado, quando a revista ‘Sábado’ deu a notícia de que os secretários de Estado viajaram para França, a convite da empresa de energia, para assistirem a jogos da seleção portuguesa no Euro 2016.

Pouco depois, António Costa emitia um comunicado a aceitar o pedido de exoneração. “Ponderando a vontade manifestada pelos senhores secretários de Estado, a avaliação que fazem das condições para o exercício das funções e de modo a não prejudicar o seu legítimo direito de defesa, decidi aceitar o pedido de exoneração”, escreveu.

Na investigação foram ainda constituídas arguidas “várias pessoas” desde chefes de gabinetes governamentais a pessoal dirigente da Galp. Entre eles está um assessor económico do primeiro-ministro, Vítor Escária, acusado de “recebimento indevido de vantagem”.

Longe desta remodelação ficam, por enquanto, vários ministros como a ministra da Administração Interna, Constança Urbana de Sousa, e o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que nos últimos dias têm estado debaixo de fogo na sequência do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e do furto de material militar em Tancos. O ‘DN’ dá conta de que este permanecem “de pedra e cal”.

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