[weglot_switcher]

“Mais uma vez, ganha Portugal”: El País sobre eleição de Centeno

Para o jornal espanhol, 2017 é o “ano em que Portugal dirigiu o mundo”, e a eleição do ministro das Finanças mais um triunfo da diplomacia portuguesa.
5 Dezembro 2017, 16h55

“Primeiro foi o Euro, em janeiro chegou a ONU, em maio a Eurovisão e em dezembro o Eurogrupo”. É como mais um “triunfo da diplomacia lusa” no “ano em que Portugal dirigiu o mundo” que o espanhol El País a eleição do ministro das Finanças Mário centeno para a presidência do Eurogrupo.

Portugal “transmite paz”, diz o diário espanhol, e os seus diplomatas “elevam esse valor de sossego ao seu trabalho nas sombras dos grandes poderes”.

O El País nota como políticos impopulares em Portugal, como António Guterres ou Durão Barroso, chegaram a cargos internacionais de prestígio como a presidência da Comissão Europeia, ou os cargos de Alto Comissário para os Refugiados ou de Secretário-geral da ONU.

A explicação estará na aposta da diplomacia portuguesa em “ser a segunda opção”: em alguns casos, espera com isso surgir como uma solução de compromisso entre “gregos e troianos”. Noutros, a diplomacia portuguesa apoia inicialmente candidatos de país que não avançam e ocupam o seu lugar em troca de apoio a candidaturas futuras nas quais esses países têm maior interesse.

O El País refere que foi esse o caso com Centeno: Portugal começou por declarar o seu apoio a um hipotético candidato espanhol, mas essa candidatura não avançou, e agora Portugal deverá apouiar a candidatura espanhola ao lugar que Vitor Constâncio deixará vago no Banco Central Europeu.

O diário espanhol termina o artuigo citando o presidente Marcelo rebelo de Sousa, considerando que “deixámos de ser o patinho feito para passarmo a ser o cisne resplandecente”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.