O lançamento foi organizado pelo Governo do Mali e co-presidido pelo coordenador humanitário da ONU, Alain Noudehou, e visa mobilizar o financiamento necessário para o Plano de Resposta Humanitária de 2023 para o país.
Dos 5,7 milhões de pessoas a precisar de ajuda urgente no Mali, “mais de metade são mulheres e crianças”, indicou a ONU.
As equipas das Nações Unidas no terreno frisaram que as necessidades humanitárias no país aumentaram 17% em relação ao ano passado.
“O Mali enfrenta uma crise multidimensional alimentada pela insegurança, conflitos, mudanças climáticas e falta de acesso a serviços sociais básicos. Até dezembro, mais de 400.000 pessoas, principalmente crianças e mulheres, foram deslocadas devido à crescente insegurança nas regiões de Bandiagara, Mopti, Gao, Timbuktu, Ségou e Menaka”, disse a porta-voz da ONU Florencia Soto Niño.
Vários grupos terroristas operam no Mali, nomeadamente os filiados da Al-Qaida e do grupo extremista Estado Islâmico. Além disso, a violência intercomunitária aumentou, num contexto marcado por golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021.
O país, pobre e sem litoral, enfrenta desde 2012 a propagação do extremismo e da violência de todos os tipos, mas também uma grave crise política e humanitária.