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Mandar um filho para a universidade custa seis mil euros por ano

A conclusão é de um estudo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, que vai ser apresentado esta terça-feira.
  • Reuters
30 Maio 2017, 12h35

O ensino superior custa em média seis mil euros a cada aluno a cada estudante, sendo que o maior montante de gastos (quase 75%) se destina a alojamento, a alimentação e aos transportes, revela o mais recente estudo do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

A investigação da Universidade de Lisboa, designada de CESTES 2, dá conta de uma diminuição nos custos diretos para frequentar a universidade e de um acréscimo nos gastos paralelos, à semelhança do que se observa a nível internacional. Comparativamente a 2011, a despesa anual desceu quase 3% , mas os custos da habitação, alimentação e os transportes registaram uma suave ascensão  de 0,8%.

Em entrevista à RTP, a investigadora Luísa Cerdeira explicou que o trabalho abrange o ensino público e privado, politécnico e universitário e que uma das principais conclusões foi a de que nos privados a redução de custos foi mais acentuada. A responsável pelo CESTES 2 nota ainda que observou uma descida de 6% nos gastos do ensino público universitário e que no politécnico subiram as quantias associadas à vida do aluno.

“Os estudantes e as suas famílias em Portugal têm uma participação muito significativa. É importante conhecer estes custos. Nos últimos cinco anos, surpreendentemente, diminuíram os custos 3%. Em média, estudar no ensino superior representa 6455 euros por ano. Sobretudo são os custos de vida – alojamento e habitação – que têm a fatia maior”, referiu esta manhã Luísa Cerdeira.

O estudo, que avalia o perfil e os custos dos estudantes do ensino superior português em 2015-2016, vai ser apresentado esta terça-feira, 30 de maio, a partir das 14 horas. A cerimónia contará com a presença de Eduardo Paz Ferreira, dos presidentes do ISEG, da Federação Académica de Lisboa e da Associação Académica de Lisboa, entre outras figuras académicas nacionais.

A equipa que desenvolveu esta segunda edição do trabalho, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, é ainda composta por Belmiro Cabrito, Rui Brites, Tomás Patrocínio, Lourdes Machado, Ana Paula Curado, Marta Manso e Catarina Doutor.

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