O SL Benfica criticou esta terça-feira o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pela instauração de um processo disciplinar na sequência de notícias que dão conta de megaprocesso de corrupção que estará a ser investigado e em que a SAD e os seus dirigentes foram constituídos arguidos.
De resto, a Benfica SAD confirmou a 9 de janeiro, em comunicado divulgado pela CMVM, que esta entidade assim como atuais e antigos membros do Conselho de Administração da SAD dos “encarnados” foram constituídos arguidos no âmbito de um processo que está em segredo de justiça.
Em comunicado, este órgão ligado ao organismo que tutela o futebol português anunciou que este processo foi deliberado a 10 de janeiro deste ano e que surge “na sequência de notícias divulgadas na comunicação social, na medida em que a factualidade agora conhecida possa ser diversa daquela apreciada em outros procedimentos disciplinares”.
Na sequência da instauração deste processo, as “águias” manifestam repudio pela decisão “face à inexistência de novos factos relativos a uma matéria já de si objeto de acompanhamento passado”. O SL Benfica acusa a FPF de “manifesta má-fé” do Conselho de Disciplina que, no entender dos “encarnados” “só pode ser justificada à luz do recorrente desrespeito e comportamento persecutório” ao clube.
“Uma decisão ainda mais inaceitável tendo em conta que a Comissão de Instrutores da Liga, órgão que deveria ter notificado o Sport Lisboa e Benfica em tempo útil, também não o fez, tendo o Clube tomado conhecimento deste processo disciplinar através da Comunicação Social”, critica o emblema das “águias”.
Para o clube liderado por Rui Costa, estas “são coincidências e erros a mais para quem, tendo o estatuto de utilidade pública desportiva, lhe cabe a responsabilidade de defender o futebol português, mas que, sucessivamente, cai na subserviência de interesses específicos rivais do Sport Lisboa e Benfica”.
Em comunicado enviado para a CMVM a 9 de janeiro, a Benfica SAD referiu que foram constituídos arguidos “membros que integraram o seu Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020” e que “se encontram atualmente em funções”. Este órgão manifestou ainda a sua total “disponibilidade e abertura” no sentido de “colaborar com as entidades competentes”.