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Manso Neto: “Não é nada evidente que Sines seja a melhor forma de importar gás para a Europa” (com áudio)

“O que temos que nos interrogar é por que é que as renováveis crescem mas falham sistematicamente as metas”, disse o executivo no painel “Portugal, a Europa e a transição climática e energética” da conferência do Jornal Económico que decorre esta manhã no ISEG. 
16 Setembro 2022, 11h04

João Manso Neto, CEO da Greenvolt, defendeu esta manhã, na conferência do 6.º aniversário do Jornal Económico, que “o caminho passa necessariamente pelas renováveis”, identificando, porém, o problema do cumprimento das metas.

“O que temos que nos interrogar é por que é que as renováveis crescem mas falham sistematicamente as metas”.

“Pensar no futuro é ótimo, mas acho que o desafio em termos genéricos é com a tecnologia disponível, com aquilo que existe, o que é que é possível fazer?, questionou.

A questão do porto de Sines mereceu especial atenção por parte do painel “Portugal, a Europa e a transição climática e energética”, durante o qual o executivo da Greenvolt afirmou que “a história de Sines tem de se ver do ponto de vista custo-benefício”.

“Não é nada evidente que Sines seja a melhor forma de importar gás para a Europa. Investir em Sines para aumentar gás para a Europa quando há um terminal em Espanha que nunca funcionou”, considerou.

“Se nos temos dúvidas sobre o gás a longo prazo, é assim tão evidente investir muitíssimo em tubos?”, questionou Manso Neto.

No que diz respeito à aposta nas energias renováveis como parte do plano de transição energética, Manso Neto identifica um problema fundamental: a questão do licenciamento e de ter projetos autorizados nesta área.

“As energias renováveis são baratas, em termos de custo, não obstante os custos de investimento. O problema é ter projetos aprovados. Quem os tiver ganha. Não é falta de dinheiro, mas licenciamento”, justificando com questões fundamentalmente ambientais.

 

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