Manuel Alegre: “Bloco Central é a política de interesses e dos interesses”

O histórico do Partido Socialista, em entrevista à Antena 1, defende que a atual solução governativa deve continuar no pós 2019.

Marcos Borga/Reuters

Manuel Alegre, candidato presidencial por duas vezes, antigo Conselheiro de Estado, último Prémio Camões, nomeado para Nobel da Literatura, do qual não quer nem falar, defende que a atual solução governativa deve continuar no pós 2019, se a Direita não for maioritária. “Seja qual for o resultado eleitoral, deve manter-se e aprofundar-se”. “Os partidos da Esquerda devem precisar uns dos outros e os que não perceberem isso cometerão um erro imperdoável que o eleitorado não os vai perdoar”.

Manuel Alegre diz lembrar-se de Rui Rio, novo líder do PSD, votar a favor da despenalização da IVG, aceita entendimentos vários sobre questões estruturais, mas nunca um Bloco Central, mesmo que não seja um governo dos dois partidos. Seria “fatal”, afirma Manuel Alegre, porque “o Bloco Central é a política de interesses e dos interesses”.

O dirigente histórico do PS quer que o Presidente da República, o Parlamento e o Conselho Superior da Magistratura atuem no caso Centeno. Manuel Alegre diz que a investigação lançada pelo Ministério Público ao ministro das Finanças entretanto arquivada não pode ficar sem consequências.

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O Presidente da República disse que “houve contactos bilaterais muito, muito intensos e variados”, durante os trabalhos da 28.ª Cimeira Ibero-Americana. Já o primeiro-ministro referiu que a expectativa de que na presidência espanhola da União Europeia, no segundo semestre deste ano, seja possível avançar com o acordo com o Mercosul, que qualificou como “o mais importante acordo económico que pode existir”.

António Costa diz que divergências com o Presidente da República não abalaram relações “de forma alguma”

Sobre as relações com o chefe de Estado, o primeiro-ministro respondeu: “Se mesmo quando não temos pontos de vista coincidentes na política interna a relação pessoal é boa, em matéria de política externa onde as posições são absolutamente coincidentes a relação só podia ser melhor ainda”.

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Tem um currículo que impressiona qualquer governo europeu: passagens académicas pela Illinois State University, pela Universidade de Economia e Negócios de Viena (como bolseiro do governo da Áustria), pela Universidade Sapienza, de Roma (como bolseiro da União Europeia) e mestrado em Economia na Universidade de Oxford.
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