O ex-ministro da Economia Manuel Pinho criticou a justiça portuguesa em entrevista ao jornal “Expresso” citada pela “SIC”, considerando que as decisões oscilavam consoante os juízes destacados.
“O que sei é que a situação é a seguinte: vai-se parar a um juiz e sabe-se que a decisão é uma, vai-se parar a outro juiz a decisão é outra. Até o meu caso mostra que se fosse no princípio de dezembro a situação é uma, mas como é no final de dezembro a decisão é outra. Portanto, é a chamada justiça totoloto”, referiu Manuel Pinho, acrescentando que “uma justiça totoloto não é uma Justiça justa”.
Durante a mesma entrevista Manuel Pinho, indiciado por fraude fiscal e branqueamento de capitais, negou ter recebido dinheiro do Banco Espírito Santo ou Grupo Espírito Santo, como também rejeitou a ideia de ter favorecido a EDP.
O antigo governante referiu ter “uma imagem a defender”, mas também um legado. “A imagem que tenho para defender é a imagem junto dos meus filhos e dos meus formidáveis alunos. O legado que eu tenho defender é o legado das energias renováveis que são as energias do futuro”, sublinhou Manuel Pinho.
Sobre a mulher, que também foi constituída arguida no caso EDP, Manuel Pinho considerou-a “uma mulher fantástica que passou por um momento muito difícil”. “A minha mulher foi fenomenal na sessão que teve no Ministério Público muito inteligente, respondeu a todos os pontos”, completou.
Manuel Pinho está em prisão domiciliária depois de ter sido detido na terça-feira, após interrogatório. O Ministério Público aplicou uma caução de seis milhões devido ao perigo de fuga, sendo que o antigo ministro tem uma casa na Espanha.
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