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Manuel Pinho ficou detido após interrogatório (com áudio)

O antigo ministro da Economia ficou hoje detido depois de interrogatório relacionado com o caso EDP.
14 Dezembro 2021, 11h50

Manuel Pinho ficou hoje detido após interrogatório, revelou o seu advogado Sá Fernandes.

“É um dia triste para a justiça portuguesa”, disse o causídico esta terça-feira, 14 de dezembro, à saída do Departamento Central de Investigação de Ação Penal (DCIAP) em Lisboa.

O antigo ministro da Economia está indiciado por fraude fiscal e branqueamento de capitais. Também foi emitido um mandado de captura em nome da mulher de Manuel Pinho, Alexandra Pinho.

O antigo ministro vai ser ainda hoje apresentado ao juiz de instrução Carlos Alexandre, responsável por este processo.

O advogado do ex-ministro Manuel Pinho, Sá Fernandes, considerou, esta terça-feira, que o seu cliente “nunca fugiu às suas responsabilidades” e aproveitou a ocasião também para tecer algumas críticas ao Ministério Público.

Em declarações aos jornalistas à saída do DCIAP, Sá Fernandes destacou que o seu cliente “nunca fugiu às suas responsabilidade”, num momento em que o ex-ministro foi detido, depois do interrogatório, por ser acusado de fraude fiscal e branqueamento de capitais, devido a 60 mil euros de uma offshore associada ao caso EDP que disse pertencerem a uma herança.

“Isto tem a ver com certeza com uma errada conceção do segredo de justiça”, criticou Sá Fernandes, acrescentando que a corrupção “não é para ser combatida com o atropelo dos diretos das pessoas”.

A mulher, igualmente suspeita de branqueamento de capital, vai ser ouvida esta terça-feira em tribunal. Em conjunto ambos terão ocultado do fisco mais de 280 mil euros, suspeita o MP, que tem debaixo de olho vários depósitos feitos em dinheiro pela mulher de Manuel Pinho depois da sua saída do cargo de ministro da Economia.

Manuel Pinho foi constituído arguido em 2017 no âmbito do caso EDP. Em causa estão suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, por alegadas transferências de dinheiro provenientes do Grupo Espírito Santo.

Em outubro,0 nome do ex-ministro foi revelado numa investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas (Pandora Papers) como um dos políticos envolvidos em ocultação de fortunas em paraísos fiscais.

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