Concluiu-se a 7 de abril mais um ano de trabalho das Sociedades Desportivas, que resultou em várias propostas de alteração regulamentar, que serão agora apresentadas no devido grupo jurídico, de forma a serem votadas em Assembleia Geral. O Futebol Profissional continua a dar sinais de vitalidade e de vontade de crescimento.

Num ano em que todos temeriam o pior, a Liga Portugal e as suas 32 Sociedades Desportivas revelam que a viragem está mais perto do que nunca. Viragem para onde? Para um Desporto cada vez mais profissional e com maior capacidade de se aproximar do restante mapa dos ‘grandes europeus’ e que possa caminhar, com pequenos e firmes passos, para ser uma das Big Five e não apenas no ranking; para uma indústria com peso económico no país e que, por isso, deve ser considerada como tal a todos os níveis.

No fundo, foi isto que as nossas Sociedades Desportivas fizeram, ao longo do ano, nos Grupos de Trabalho que, mesmo em reuniões digitais, não pararam. Deixamos já a promessa de regressarmos a 24 de setembro, para um novo ano de debate, sabendo que até lá temos vários eventos marcantes pela frente. Desde logo o Kick-Off que marca o arranque da nova temporada, mas também o Thinking Football Summit, uma feira de futebol de caráter internacional, que vai decorrer entre 2 e 5 de setembro no Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, e que promete inovação.

Foi, aliás, o Thinking Football um dos projetos apresentados no Grupo de Trabalho de Conteúdos e Media e Marketing, que, no último ano, e devido à transversalidade dos temas, se uniram para um trabalho conjunto, de onde saiu também o portal de acreditação de Média, que entrará em fase piloto já na próxima época, com a colaboração de alguns clubes.

Inegavelmente, os Grupos de Trabalho Financeiro, Jurídico e de Competições, este último com impacto direto no Futebol das nossas Sociedades Desportivas, foram os que apresentaram propostas mais significativas. Destes Grupos saíram soluções que levaram à alteração do Manual de Licenciamento 2021-22, bem como a adoção de um modelo mais eficiente e abrangente de escrutínio dos investidores.

Foram os clubes do Grupo de Trabalho de Competições que apresentaram um reajuste de calendário a pensar não só na competitividade, mas também nos constrangimentos de datas que o Mundial do Catar vai trazer a todo o Futebol europeu. Por isto, e de forma a preparar o novo ciclo da UEFA 2024-2027, os clubes apresentaram a proposta de redução da Liga NOS para 16 equipas em 2022-23, permitindo maior “folga” no calendário desportivo.

Como se pode ver, e num ano muito atípico a nível mundial, a Liga Portugal teve a coragem de não parar e manter a atividade ao máximo, dentro dos limites possíveis e das regras impostas. Fazemo-lo pelo Futebol Profissional, que tem um longo caminho pela frente de crescimento e de criação de estruturas mais adequadas aos novos tempos.