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Marcelo diz que guerra na Ucrânia é o “maior abalo sistémico” na segurança europeia desde o final da Guerra Fria

Segundo Marcelo “estamos numa corrida contra o tempo” e como tal é cada vez mais urgente que se encontre “o roteiro do cessar fogo”.
21 Março 2022, 15h27

A invasão na Ucrânia está a ser debatida numa conferência online na fundação Calouste Gulbenkian que contou com a participação do Presidente da República que considerou a Guerra o maior abalo na segurança da Europa desde a Guerra Gria.

“A invasão da Rússia na Ucrânia constitui o maior abalo sistémico na arquitetura de segurança europeia desde o final da Guerra Fria por ter enterrado a premissa da guerra convencional entre estados numa Europa interdependente e regulada por acordos escritos, como o memorando de Budapeste assinado pela Rússia e Ucrânia em 1994, no qual a desnuclearização da Ucrânia seria acompanhada por um espelho da sua independência e soberania”, disse o Presidente da República num vídeo divulgado durante o evento, esta segunda-feira.

Para Marcelo a atual guerra constitui um abalo sistémico também “por ter exposto os limites da vulnerabilidade energética europeia, cuja segurança nos abastecimentos e diversificação das fontes andaram excessivamente devagar nas últimas duas décadas perante, por um lado, os crescentes imperativos climáticos e por outro a dependência da Federação russa”.

“Estamos por tudo isto e muito mais numa corrida contra o tempo”, considerou o Chefe de Estando, defendo que “precisamos de encontrar rapidamente o roteiro do cessar fogo permanente, o fim dos bombardeamentos indiscriminados”.

“Precisamos encontrar rapidamente negociações eficazes, que significam negociações sérias e não manobras de diversão para ganhar tempo ou enfraquecer e dividir a outra parte no conflito”, sublinhou o Presidente da República.

Segundo Marcelo as negociações têm de ter “mediação à altura e uma disponibilidade diferente da parte russa que no dia-a-dia tem colocado exigências objetivamente que inviabilizam soluções”

“Precisamos manter canais de diálogo com a Federação Russa, no seu mais alto nível, de forma a influenciar as suas decisões sem nunca vacilarmos sobre o entendimento que fazemos das suas ações todas elas penalizadoras da soberania ucraniana”, sublinhou o Presidente da República.

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