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Marcelo Rebelo de Sousa será testemunha de António Costa no processo contra o ex-governador do Banco de Portugal (com áudio)

Num livro editado no ano passado, Carlos Costa acusou António Costa de ter aconselhado o ex-governador a poupar a empresária angolana Isabel dos Santos no caso BPI/BIC. A 16 de novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa reagiu ao caso e negou que tivesse existido qualquer intenção de favorecer Isabel dos Santos neste caso.
  • Manuel de Almeida/Lusa
12 Maio 2023, 08h19

O primeiro-ministro pediu e o Presidente da República aceitou o repto: Marcelo Rebelo de Sousa será testemunha de António Costa no processo que opõe o chefe do Governo ao ex-governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. O testemunho será efetuado por escrito. Esta é uma das notícias em destaque na capa do jornal “Expresso” desta semana.

Num livro editado no ano passado, Carlos Costa acusou António Costa de ter aconselhado o ex-governador a poupar a empresária angolana Isabel dos Santos no caso BPI/BIC. A 16 de novembro do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa reagiu ao caso e negou que tivesse existido qualquer intenção de favorecer Isabel dos Santos neste caso.

“Da parte de todos os que intervieram, do lado oficial, em nenhum momento, algum dos intervenientes jamais pensou que uma solução fosse, se a senhora engenheira [Isabel dos Santos] persistisse em não aceitar o acordo, deixar de aplicar a lei, que lhe era desfavorável”, sublinhou.

Nessa altura, o Presidente da República lembrou que, face à posição desfavorável do Banco Central Europeu e à recusa de acordo por parte de Isabel dos Santos, veio a promulgar o diploma do Governo que retirou poder à empresária angolana no banco em que era acionista.

O chefe de Estado comentava as acusações de Carlos Costa de que o primeiro-ministro tentou interferir nas decisões do Banco de Portugal, quando ainda era governador, alegando que não se podia tratar mal a filha de um presidente de um país amigo de Portugal.

Em novembro de 2022, António Costa acusou o ex-governador do Banco de Portugal de ter colaborado num livro com mentiras e deturpações a seu respeito e de ter montado uma operação política de ataque ao seu caráter, depois de ter afirmando que irá mover um processo judicial a Carlos Costa por ofensas ao seu bom nome e à sua honra.

Numa nova crítica ao livro “Governador”, da autoria do jornalista Luís Rosa sobre o mandato de Carlos Costa enquanto governador do Banco de Portugal, o primeiro-ministro disse que, cada página que vai conhecendo só justifica a sua decisão de recorrer aos tribunais.

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