O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a lembrar que o povo português elegeu António Costa, o que o torna “refém do povo”.
Já ontem, durante tomada de posse do novo executivo, Marcelo tinha recordado a Costa que o compromisso de ser primeiro-ministro seria para cumprir até ao fim, abrindo assim a possibilidade de que o primeiro-ministro poderia abandonar o cargo a meio do mandato.
“No momento em que o povo votou num partido, também votou no homem. Não votou num qualquer partido ou em qualquer homem ou mulher”, reforçou o Chefe de Estado, acrescentando que Costa ficou “refém do povo”.
“O primeiro-ministro falou nisso ontem a dizer que o Presidente é o mesmo, o primeiro ministro é o mesmo e essa é uma boa garantia até ao fim da legislatura”, sublinhou.
Quando questionado sobre a possibilidade de António Costa emigrar, o Presidente da República respondeu que “não” e explicou que as suas declarações eram uma mera “evidência do voto dos portugueses”.
“Votaram na maioria absoluta, podiam ter votado noutras escolhas. Votaram na estabilidade e votaram para que a estabilidade pudesse resolver os problemas do país”, frisou Marcelo.
“Se o próprio partido do Governo assume que o primeiro-ministro é refém do povo, quer dizer que assume com ele que está a avançar para uma empreitada”, afirmou o Chefe de Estado, recordando as declarações de Carlos César sobre os compromissos do primeiro-ministro.
“O Primeiro Ministro, como em qualquer democracia e na sequência da renovação expressiva da legitimidade eleitoral do PS, é refém do povo que o elegeu e dos compromissos que assumiu e que serão reafirmados no Programa do Governo que será submetido ao órgão de soberania a quem incumbe a fiscalização política da atividade governativa – a Assembleia da República”, escreveu o dirigente socialista nas redes sociais.