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Marcelo vê um “défice de 0% ou próximo disso” este ano

Presidente da República reagiu aos dados de que o défice do ano passado caiu para 0,5% do PIB. Marcelo Rebelo de Sousa volta a refutar ideia de que injeção de capital no Novo Banco terá impacto no défice deste ano.
26 Março 2019, 12h27

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu aos dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de que o défice do ano passado se fixou em 0,5% do PIB, abaixo da meta do Governo, destacando que com esta base é possível atingir um défice de 0% ou próximo disso.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira, dão razão ao Governo para sorrir, depois de ter revisto em baixa o rácio inscrito no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) no Programa de Estabilidade, em abril do ano passado, de 1,1% do PIB para 0,7%.

“É uma boa notícia em relação ao ano que passou e uma boa notícia para este ano, porque dá uma base de partida muito boa para se chegar a 0% ou à volta de 0%, que é a meta que no fundo todos desejamos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, sublinhando que, embora o Governo preveja um pouco mais, o défice zero “não é uma mania” mas sim “uma precaução”.

“Termos um défice zero não é uma mania, mas é uma prevenção, uma precaução num tempo que sabemos que pode ser de desaceleração do crescimento económico”, referiu.

Sobre o défice deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “as eleições serão em outubro, qualquer que seja o Governo escolhido pela vontade dos portugueses, a formação do Governo, a formação e debate do Programa de Governo, depois a apresentação do Orçamento levarão a que o Orçamento só seja aprovado já no ano que vem”.

“Aplica-se em duodécimos do ano anterior daquilo que faltar. Os meses que faltarem para o ano que vem, quando há uma substituição do Governo, uma sucessão de legislatura há sempre uma quebra de despesas, inevitável próprio de um governo de gestão corrente”, referiu. “Portanto, aqueles últimos três meses – outubro, novembro, dezembro – serão meses de menor despêndio, o que com uma base de o,5% torna possível um défice de o% ou próximo disso”.

Questionado sobre o impacto da injeção de capital no Novo Banco, disse que não terá “repercussão no cálculo de défice”.

*Com Lusa 

(Notícia atualizada às 12h58)

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