O que a surpreendeu mais na posição do SNPVAC sobre a greve?
Foi para mim uma surpresa ver os comentários dos nossos sindicatos a pressionar no sentido de haver menos serviços mínimos pelo facto de a nossa concorrência ter serviço para as ilhas. Não creio que seja a coisa certa a fazer. Lamento. Temos de trabalhar em conjunto para o futuro da empresa. Insistir em ter serviços mínimos mais baixos, não creio que seja a coisa certa a fazer. A greve já é um problema.
Qual é a estratégia do SNPVAC, no seu entender?
Quais são os seus objectivos?
Compreendo que eles gostariam de ver as coisas como estavam em 2019, ou ainda melhor. É isso. Mas em 2019 estávamos a perder dinheiro e eu não posso dar o que não posso dar, porque os acordos de emergência foram assinados. Estão acertados com Bruxelas, não lhes posso tocar. A única forma de lhes tocar é assinar um novo acordo colectivo de empresa. Temos vindo a repetir isso constantemente. Não é porque gostamos de o dizer, é o nosso contrato! E não é só nosso, é da empresa e do Governo. Se queremos voltar a 2019 em que estávamos a perder dinheiro… Até há pessoas que contestam isso: tem a certeza de que estávamos a perder dinheiro em 2019? Está a brincar comigo? Temos as nossas contas auditadas, etc. Tenho até pessoas a questionar se realmente ganhámos dinheiro em alguns trimestres. Sim. Os números são os números, não os inventamos. São auditados, são controlados, não só pelo nosso governo, mas também pela comissão. Portanto, é um assunto muito sério.
Levou a peito quando um dos sindicatos [SITAVA] lhe chamou “Marie Antoinette”?
Em primeiro lugar, isso levanta logo um problema…
Porque Marie Antoinette era austríaca.
Exactamente. Não era francesa.
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