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Marine Le Pen usou fundos de forma indevida e recusa-se a devolvê-los

O prazo para Marine Le Pen restituir a quantia ao órgão legislativo da União Europeia terminou na madrugada desta quarta-feira. A líder de extrema-direita diz estar a ser alvo de vingança política e contesta “formalmente esta decisão unilateral e ilegal”.
1 Fevereiro 2017, 12h39

A candidata de extrema-direita às presidenciais francesas, Marine Le Pen, recua-se a devolver cerca de 300 mil euros ao Parlamento Europeu relativos à contratação de uma assistente parlamentar, que trabalhava para a Frente Nacional e não para o Parlamento Europeu. Marine Le Pen tinha até ao dia 31 de janeiro para restituir a quantia.

Segundo o Parlamento Europeu, a líder da Frente Nacional terá usado de forma indevida fundos parlamentares para pagar o salário de Catherine Griset, sua amiga próxima e chefe de gabinete. No entanto, o dinheiro só podia ser entregue se esta passasse mais tempo a trabalhar junto dos funcionários eleitos e não eleitos do Parlamento Europeu, o que não aconteceu. Segundo a investigação ao caso, Catherine Griset terá passado a maior parte do tempo em França em trabalho para a Frente Nacional.

Marine Le Pen diz estar a ser alvo de vingança política e contesta “formalmente esta decisão unilateral e ilegal”. O prazo para efetivar o pagamento terminou na madrugada desta quarta-feira, pelo que o órgão legislativo da União Europeia pode vir a reter metade do seu salário enquanto eurodeputada e suspender-lhe outros subsídios.

A líder de extrema-direita lidera as sondagens presidenciais francesas, cuja primeira volta se realiza a 23 de abril de 2017. Na corrida às presidenciais, também François Fillon foi interrogado esta segunda-feira pela polícia francesa por suspeita de uso indevido de fundos públicos para pagar o emprego fictício da mulher.

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