O ministro das Finanças, Mário Centeno, encerrou o último debate do Estado da Nação da ‘geringonça” em tom triunfal, enumerando concretizações do Executivo de António Costa depois de afirmar que se tratou da “legislatura da confiança, do emprego e das contas certas”.
Apesar das críticas que foi ouvindo ao longo de quatro horas, Centeno começou por agradecer a todos os parceiros de uma solução governativa “que foi única e enriqueceu a democracia”, realçando que nunca antes a Assembleia da República teve um papel tão importante e que nunca antes houve um governo “tão parlamentarista”.
“Sim, foi possível construir uma alternativa porque há sempre alternativas em democracia”, disse o responsável pela pasta das Finanças, acrescentando que tudo foi concretizado “através da credibilidade de quem executou, mês após mês, ano após ano, os compromissos assumidos com os portugueses”.
Referindo-se aos índices de confiança, que se encontram ao nível mais elevado dos últimos 20 anos, Centeno voltou a falar em “contas certas” ao mencionar os 350 mil empregos criados durante a legislatura ou a redução do número de desempregados em 290 mil.
Além de dizer que Portugal liderou a Europa na criação de emprego, redução de desemprego e consolidação orçamental, acrescentou que se verificou “o maior reforço dos serviços públicos na última década”, garantindo que “colocámos os utentes como a prioridade das prioridades”. Não só na educação, onde “as aulas começaram sempre no dia marcado”, mas também na saúde, onde viu “mais consultas, mais cirurgias e mais tratamentos” e nos transportes – duas áreas que mereceram críticas dos parceiros parlamentares do PS.
Muito crítico foi Centeno na apreciação da oposição, referindo-se aos “velhos da Lapa e do Caldas” que “erraram porque não acreditaram nos portugueses” antes de terminar citando Manuel Alegre.
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