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Mário Ferreira. Buscas também estão relacionadas com suspeitas sobre alegadas fraudes com fundos europeus (com áudio)

O processo está a ser conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e pela Autoridade Tributária (AT). Advogado garante que a empresa está a colaborar, esperando que seja reposta a verdade.
6 Julho 2022, 11h25

As buscas a empresas de Mário Ferreira também estão relacionadas com suspeitas sobre alegadas fraudes com fundos europeus, apurou o JE.

As buscas acontecem no mesmo dia em que o “Correio da Manhã” revela que a Procuradoria Europeia está a investigar o empresário por suspeitas relacionadas com a atribuição de fundos comunitários a empresas do seu grupo. A investigação foi aberta na sequência de uma queixa sobre a atribuição de fundos europeus e alegados atos de branqueamento de capitais, escreve o “CM” esta quarta-feira.

Além destas suspeitas, a “SIC” avança que também estão em causa suspeitas de alegada fraude fiscal e alegado branqueamento no negócio de compra e venda do navio Atlântida.

O “CM detalha que estão a ter lugar buscas no Porto, Funchal e Malta. O JE apurou que, além da Douro Azul, estão a decorrer buscas a outras empresas.

O processo está a ser conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e pela Autoridade Tributária (AT).

Em declarações aos jornalistas, o advogado da Douro Azul disse hoje esperar que “a verdade seja reposta”.

“Colaboramos sempre, já o fizemos no passado. Estamos dispostos a ajudar no que for necessário para que se possa repor a verdade”, afirmou hoje Nuno Bizarro, recusando dar mais detalhes, em declarações transmitidas pela “RTP3”.

O navio Atlântica foi vendido em setembro de 2014 pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) a uma empresa de Mário Ferreira por mais de oito milhões. Um ano depois, o mesmo navio foi vendido por 17 milhões por uma empresa de Mário Ferreira, então sediada em Malta, a uma empresa norueguesa, recorda o “CM”. Os ENVC tinham avaliado este navio em 29 milhões de euros em 2012.

O Ministério Público já tinha aberto um inquérito para investigar este negócio. Por um lado, investiga suspeitas de alegada administração danosa neste negócio. Por outro, investigam suspeitas de eventual fraude fiscal, de acordo com o jornal diário do grupo Cofina.

 

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