Luís Marques Mendes disse hoje na SIC que António Domingues sentiu-se ofendido com a lei “ad hominem”. Isto é, que era uma lei contra ele.
A votação na sexta-feira no Parlamento levou à demissão, explica o comentador. A manifestação da vontade de sair foi na quinta-feira e formalizou no dia a seguir, explicou Marques Mendes.
“Na quinta-feira foi a primeira votação da lei, e depois foi repetida a votação a pedido do PS”. Esse pedido teve em vista tentar que o Bloco de Esquerda mudasse o sentido de voto, de modo a que António Domingues pudesse ficar.
António Domingues tinha decidido ficar na CGD mesmo que tivesse que apresentar a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, eventualmente com a saída de alguns administradores. Ia enviar a sua argumentação ao TC e iria pedir sigilo das declarações. Mas a aprovação da lei que obriga a administração da CGD a apresentar a declaração, independentemente da decisão do TC, começou por ser aprovada na quinta-feira durante o debate da especialidade do Orçamento, e depois confirmada da sexta-feira, e foi entendida como um xeque-mate por António Domingues.
O Governo tentou durante o fim de semana fazer com que António Domingues mudasse de ideias, sem sucesso, revela o comentador. Isto explica o facto de só hoje ter sido comunicado.
“Este braço de ferro tornou-se insuportável”, disse Marques Mendes que de caminho criticou o Governo por ter aceite as condições de os administradores não terem de apresentar as declarações ao Tribunal Constitucional.
Marques Mendes disse ainda que a nova administração da CGD tem de ser profissional.
“O plano não cai agora por esta equipe ter caído agora”, disse sobre a recapitalização da Caixa.
Sobre o balanço de um ano de Governo disse que António Costa é o abono de família do Executivo.
O balanço é positivo, “mas tem um senão que é a economia”, disse Marques Mendes, que lembra o crescimento anémico.
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