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“Marques Mendes: Governo vai levar plano para a TAP a votação no Parlamento

O comentador político acha, por outro lado, que o tema da semana é a cimeira da Europa. “Nem que seja na 25ª hora, acho que vai haver um acordo”.
6 Dezembro 2020, 21h39

“Tanto quanto eu sei, depois do plano de reestruturação da TAP vier de Bruxelas, o Governo quer levar o plano a votação na Assembleia da República. Se chumbar, é o fim da TAP”, disse o comentador político social-democrata Luís Marques Mendes no seu habitual espaço de comentário na SIC.

Para Marques Mendes, um plano de restruturação, a contestação dos sindicatos e a posição da União Europeia sobre a TAP – são os três planos em que a transportadora aérea nacional deve ser debatida. “Nos últimos 11 anos, a TAP só teve lucros uma vez (2016), o que significa que há um problema que não é da pandemia. Precisamos de uma TAP equilibrada e mais pequena”, afirmou.

“Do ponto de vista social, será duro”, admitiu – mas “o que acho que era positivo era uma empresa privada, em que o Estado paga o serviço público – e tudo o resto são regras de concorrência”, afirmou.

De qualquer modo, o grande tema da próxima semana “é a bazuca. Se não houver acordo, a União Europeia vai funcionar por duodécimos. E será um fiasco para a presidência alemã. “E se a Alemanha não resolver, vai ser Portugal a resolver?”. Mas, esperançoso, Marques Mendes disse que “nem que seja na 25ª hora, acho que vai haver um acordo”.

Por outro lado, “quando a autoridade europeia do medicamento (EMA) der autorização para uma vacina, ela é segura”, disse Marques Mendes no seu espaço de comentário na SIC – que este domingo foi especialmente dedicado à pandemia de Covid-19.

Quanto ao Natal “a abertura é compreensível e equilibrada, mas é um risco. Para combater esse risco exige-se das pessoas um grande sentido de responsabilidade”, disse Marques Mendes. “O Natal deste ano não pode ser igual, para podermos daqui por um ano ter um Natal normal”, disse.

Mas, alertou, “em várias zonas do país, os idosos em lares não têm visitas. Pergunto ao governo: os idosos que estão em lares não vão poder ter uma conversa com os seus familiares? Isso é injusto. Os idosos não são uma mercadoria”, disse. “Apelo ao Governo que pelo menos no Natal os idosos em lares fossem autorizados a receber visitas”.

Por outro lado, disse Marques Mendes, é preciso “gerir expectativas”. E o comentador foi proativo nessa matéria: decidiu responder a uma série de questões sobre matéria de vacinas – não com respostas suas, disse, mas com o recurso a informação do Infarmed e de outras entidades oficiais. Marques Mendes quis assim colocar-se à disposição dos que, afirmou, precisam de informação. O analista preferiu assim, ao invés de dar opinião, usar parte substancial do seu espaço para informar sobre diversos aspetos da pandemia – com relevo especial para as questões relativas à vacina. Como não podia ser de outro modo, a maioria das perguntas formuladas não têm ainda resposta conhecida – e Marques Mendes optou por não ‘inventar’.

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