[weglot_switcher]

Mastercard quer oferecer soluções tecnológicas de pagamento que incluam criptomoedas

A Economista Responsável pelos Mercados da Europa, Médio-Oriente e África no Instituto Económico da Mastercard, Natalia Lechmanova, mostrou como os hábitos dos consumidores estão a alterar-se nas economias ocidentais, onde “as pessoas estão a dar cada vez mais prioridade às experiências e menos a “coisas”.
25 Setembro 2022, 18h04

A Mastercard, empresa de tecnologia no sector dos pagamentos, quer oferecer soluções tecnológicas de pagamento que incluam as criptomoedas, avançou o Vice-Presidente de Crypto e Fintech Enablement Europe da Mastercard, Christian Rau, no âmbito da sexta edição do Fórum de Inovação da Mastercard, dedicado ao tema “Together Toward Tomorrow” (‘Juntos para o amanhã’), que se realizou em Lisboa.

Num painel dedicado às tendências digitais e ao papel das criptomoedas e do blockchain, Christian Rau sublinhou que o foco da Mastercard está em oferecer soluções tecnológicas que permitam às pessoas, empresas e governos escolherem a forma de pagamento que lhes for mais conveniente em cada momento. E que, no caso das criptomoedas, “o que as pessoas querem é poder aceder aos seus ativos em qualquer lugar ou momento de compra. E, por isso, o nosso papel é o de desenharmos a tecnologia que responda a esse desejo, obedecendo, naturalmente, ao que forem as orientações regulatórias”.

Aliás, Christian Rau acrescentou que “a regulamentação ajudará o fenómeno das criptomoedas a passar de uma fase de early adopters para uma fase de adesão massiva”.

A Gerente nacional da Mastercard em Portugal, Maria Antónia Saldanha, destacou que “o futuro só é melhor se todos participarmos na sua construção e se formos capazes de o fazer de forma inclusiva e sustentável”.

Já a Presidente para Europa Ocidental na Mastercard, Eimear Creaven, descreveu o momento atual na Europa como muito desafiante e frisou o crescimento exponencial que a economia digital e dos pagamentos tiveram nos últimos cinco anos e “a mudança de atitude dos consumidores, que querem, cada vez mais, pagar da forma que lhe for mais conveniente, independentemente de o fazerem com um cartão, com um smartphone ou online com um click”.

Eimear Creaven sublinhou ainda os benefícios do openbanking e do openfinance para as Micro e PME e do papel que a Diretiva PSD2 teve na consolidação de muitas fintechs, duas realidades que “fizeram evoluir de forma significativa o sector financeiro e dos pagamentos”.

Hábitos dos consumidores estão a mudar e em Portugal o e-commerce das PME evoluiu consideravelmente

A Economista Responsável pelos Mercados da Europa, Médio-Oriente e África no Instituto Económico da Mastercard, Natalia Lechmanova, mostrou como os hábitos dos consumidores estão a alterar-se nas economias ocidentais, onde “as pessoas estão a dar cada vez mais prioridade às experiências e menos a “coisas”.

Curiosamente, refere Natalia Lechmanova, “um comportamento oposto ao que tiveram durante a pandemia, em que as pessoas encomendavam televisores, roupa ou mobiliário. O que vimos acontecer em poucas semanas uma mudança do perfil de consumo que perdura até hoje”.

Natalia Lechmanova disse, ainda, “que o e-commerce é irreversível e que as vendas continuam a um nível alto, apesar do regresso às lojas físicas.”

Em relação a Portugal, Natalia Lechmanova revela um dado curioso: “o e-commerce no pequeno comércio está a ultrapassar o das grandes empresas, o que é pouco usual noutros mercados, sobretudo no retalho, e demonstra que os comerciantes portugueses foram muito rápidos e ágeis a reagir ao impacto da pandemia”.

Foi neste contexto que o Vice-Presidente de Comerciantes e Comércio da Mastercard, Iain McLean, falou da relevância do Omnichannel e de como é importante as empresas conseguirem gerir e integrar os vários pontos de contacto que os clientes têm com a loja.

“O mundo deixou de ser apenas físico e o online trouxe desafios e vantagens que é preciso saber aproveitar para servir clientes cada vez mais exigentes e preocupados com o que consomem, mas também, com o que gastam”, apontou.

Mobilidade urbana com mais tecnologia e oferta está ao alcance de todas as cidades que querem ser mais sustentáveis

O Fórum de Inovação da Mastercard dedicou particular atenção ao tema da mobilidade urbana, num painel com a participação de Clara Esquível, da Fertagus, Paulo Ferreira, da Ubirider, e Marco Espinheira, da Universidade Nova.

A opinião de que as cidades sustentáveis dependem de uma boa rede de transportes públicos que supere a utilização do carro próprio foi unânime, bem como a necessidade de trabalhar ao nível do modelo de governação dos transportes, do tratamento dos dados de utilização e dos pagamentos. Tudo para melhorar a experiência de utilização e a eficiência dos operadores.

Mas, para isso, ficou claro que Portugal ainda tem um caminho importante a percorrer na necessária transição digital dos operadores de transportes públicos. No entanto, a Mastercard já está a trabalhar nesse sentido, como é o caso da parceria com o Grupo Barraqueiro, com a Ubirider e com a Fertagus.

O Fórum contou ainda com a intervenção da Vice-Presidente do Centro para o Crescimento Inclusivo da Mastercard, Natasha Jamal, responsável pelo programa ‘Strive’, que a empresa assumiu em 2020, com o compromisso mundial de trazer mil milhões de pessoas e 50 milhões de micro e pequenas empresas para a economia digital até 2025.

A estes objetivos, a Mastercard acrescentou a meta de oferecer a 25 milhões de mulheres empreendedoras as soluções que possam ajudá-las a fazer crescer os respetivos negócios, através de um conjunto de iniciativas, que cruzam o financiamento, a mentoria e o desenvolvimento de tecnologias inclusivas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.